quarta-feira, 21 de março de 2012

Raquel – Nossas cobranças por desempenho

                                        (Texto Gênesis 30:1-3; 1417; 22-24)

Mandragoras
   
   Muitas mulheres vivem de uma forma que nunca estão satisfeitas consigo mesmas. Cobram-se o tempo todo por um melhor desempenho. Sempre estão achando que não são boas o bastante, que nunca vão alcançar o nível aceitável de desempenho exigido pela sociedade. Talvez, quando criança, esta mulher tenha ouvido sua mãe dizer sempre que ela não conseguía fazer nada direito, ou que tudo que ela fazia não era bom o bastante, e então, quando adulta, ela mesma passa a asumir o papel da mãe e acaba se auto cobrando como se nunca fosse conseguir.
Assim era Raquel. Uma mulher a quem DEUS amava, era abençoada e escolhida por DEUS. Seu esposo, Jacó, tinha uma admiração e um amor tão grande por ela que trabalhou 14 anos de graça para o pai dela, Labão, só para poder tê-la como esposa. Mas Raquel só conseguía enxergar aquilo que, na visão dela, não era perfeito na vida dela. Haviam-se passado alguns anos e ela ainda não tinha dado filhos ao seu esposo, e isso, era para ela um tormento, uma vergonha, uma humilhação e ela vivía em função disso.
Quando fazia um mês que Jacó havia chegado a casa de seu tio, Labão, e já tendo trabalhado durante este mês para seu tio, foi questionado, já que ele pretendía ficar, por um salário que ele deveria receber pelo trabalho. Mas, em troca de sete anos de trabalho, Jacó propôs à seu tio que lhe desse Raquel por esposa, tanto era seu encantamento por ela. Prontamente seu tio concordou, mas, ao final dos sete anos, Labão enganou Jacó e no dia do seu casamento embebedou-o e colocou Lia, sua filha mais velha no lugar de Raquel, a mais nova. Disse-lhe depois que não era costume casar a mais nova antes da mais velha e então propôs a ele que ficasse também com Raquel, mas para isso deveria trabalhar mais sete anos. Jacó concordou.
Assim começou uma grande rivalidade entre as duas irmãs, Lia e Raquel. Deus abençoou Lia, pois viu que ela era desprezada, e esta deu, a principio, 4 filhos a Jacó, enquanto que Raquel não conseguía engravidar. Raquel estava muito desapontada e envergonhada diante de todos e queria, a qualquer preço, realizar seu desejo de ser mãe. Por isso, ela deu sua serva Bila para que, através desta, ela pudesse ser mãe e formar familia. Bila teve dois filhos e Raquel respirou aliviada, mas apenas por alguns instantes.
Lia viu que tinha parado de ter filhos e também deu a Jacó sua serva Zilpa, com quem ele teve mais dois filhos.
Um dia o filho mais velho de Lia, Rúben, encontrou mandrágoras no campo, as colheu e as trouxe a sua mãe. Raquel vendo isso ficou aflita pois sabia que as mandrágoras, segundo conta a lenda, tinham poder de dar fertilidade. Também eram muito difíceis de serem encontradas por não serem cultivadas. Acreditava-se que se colhidas da forma errada elas emitiam um som muito forte e matava a pessoa que ali estivesse. Então Raquel foi até Lia e pediu que lhe desse das mandrágoras que seu filho lhe havia trazido. Em troca, ela deixaria que Jacó dormisse com ela naquela noite. Lia concordou e por isso ela teve mais dois filhos e uma filha.
Mandrágoras

Raquel estava tão fora de si por sua obsessão de engravidar que trocou seu marido pelas mandrágoras, com uma idéia maluca de que eram delas que ela precisava para engravidar e não de Jacó ou de DEUS.
Na verdade as cobranças que fazemos a nós mesmas por obter aquilo que não temos, por sermos da forma que acreditamos que os outros querem que sejamos, nos deixa completamente cegas às vezes, ao ponto que esquecemos que é DEUS quem controla todas as coisas e muitas destas coisas não dependem do nosso desempenho, não estão ao nosso alcance.
Raquel negligenciou o amor de Jacó por ela e valorizou o ódio que ela tinha por sua irmã, Lia, que também lhe odiava. Não importavma todas as pessoas que amavam Raquel e sim a única por quem ela nutria ódio em seu coração. Ela era amada de DEUS e de seu marido mas se via como uma fábrica fechada.
Muitas vezes ouvimos muitas coisas lindas, muitos elogios de nosso esposo, mas se uma vez ele fez uma crítica é desta que a gente vai se lembrar pro resto da vida. Por que não valorizar o que é bom e dar pouca importância ao que não nos agrada? Devemos entregar tudo a DEUS e descansar Nele.
Quem se cobra não entrega, não confía e por isso também não ora. Devemos confiar mais em DEUS e não fazermos cobranças a nós mesmas por aquilo que não depende de nós. Devemos conhecer a nós mesmas e saber porque nos cobramos tanto e porque cobramos tanto aos outros. Se assim nos conhecermos e também conhecermos a DEUS teremos alcançado sabedoria.
Orar e esperar o tempo de DEUS seriam as duas coisas mais importantes neste processo em busca do conhecimento de nós mesma e de DEUS. Vale a pena esperar por um filho se este for um JOSÉ.
Raquel deu, por fim, no tempo de DEUS, um filho a Jacó, que chamou de José. Apesar dela não ter ficado satisfeita ainda. Pediu então a DEUS mais um filho, o que foi a causa da sua morte, pois Raquel morreu no parto do segundo filho, Benjamim. Me pergunto: Será que Raquel precisava de mais um filho? José tornou-se um grande homem, reponsável pela sobrevivência de todo o povo judeu à maior crise de fome que já existiu na história. Será que o desejo dela de ter outro filho além dele não foi querer muito? Ou talvez DEUS a tenha levado antes para não ver o sofrimento de seu filho José quando este foi vendido como escravo para o Egito. Deus teria a poupado deste sofrimento?
O que importa é o que José significou para seu povo e DEUS já sabia desde antes como seria e quando ele nasceria. Tudo foi perfeito como DEUS quiz e assim devemos agradecer, orar e confiar em DEUS pois Ele sempre fará o melhor para nós os seus filhos.
Oremos e descansemos Nele.
Que DEUS te abençoe grandemente.
Elaine W. Almeida
Resumo da mensagem do Pr. Marcelo Gomes do dia 21/03/2012 na reunião semanal do Grupo Feminino de Apoio Cristão da IPI Maringá.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Sarai - Nosso desejo de ter o controle!!

(Gênesis 16:1-11)
Sarai era uma mulher estéril, ou seja, não podía ter filhos. Mas, numa altura da vida, onde ela se encontrava já com certa idade, acabara por se conformar com a situação e vivía bem com seu esposo Abrão sem terem filhos. Mas, Deus tinha planos para ela e seu esposo. Deus prometeu que Abrão seria o pai de uma grande nação, que seus descendentes seriam como as estrelas do céu, incontáveis. Por isso DEUS mudou o nome dele para Abraão.
A partir do momento em que Sarai toma conhecimento da promessa de DEUS sua vida já não é mais a mesma. Ela agora não tinha mais paz, pois andava ansiosa pelo dia em que seria mãe. O que deveria ser uma benção na vida dela acabou se tornando motivo de desespero, ansiedade e preocupações. Como pessoas podem ser capazes de transformar coisas boas em pesadelos? Assim era Sarai, afinal já haviam se passado dez anos depois da promessa de DEUS e ela ainda não tinha ficado grávida. Foi então que, tomada pela ansiedade, ela decidiu tomar o controle das coisas nas suas mãos e fazer acontecer o que ela desejava usando seus próprios meios, ela não podía mais esperar o tempo de DEUS. Quando DEUS promete, Ele cumpre, mas é no tempo Dele e não no nosso.
Agora a preocupação de Sarai era: Como resolver o problema criado por DEUS? O primeiro passo de quem toma o controle é persuadir as pessoas  e convencê-las a fazer o que se quer. 
Sarai tinha uma serva egípcia chamada Hagar, que era bem mais nova que ela e ainda estava em idade fértil, logo ela pensou que esta poderia gerar um filho do seu esposo Abrão e enfim através da sua serva ela realizaría seu sonho de ser mãe. Convenceu seu esposo falando-lhe que talvez ele não tivesse entendido direito a promessa de DEUS, talvez o filho que ele teria não seria gerado por ela e que seria bom que sua serva tivesse o filho em seu lugar. Depois convenceu Hagar que concordou e logo depois engravidou.  
O que acontece logo depois que se têm o controle é que se perde o controle. Sarai achou que sua serva daría a luz ao filho e então ela seria mãe por meio de sua serva e que esta simplesmente desapareceria de cena totalmente. E finalmente o problema estaría resolvido. Sarai confiou em sua serva. Mas não foi assim que aconteceu, pois quando sua serva engravidou, esta descobriu que não era uma coisa, que tinha sentimentos e passou a desprezar Sarai, sua senhora. Não podemos confiar nas pessoas.
Agora Sarai estava amargurada e depressiva, pois tinha perdido o controle totalmente. Quem estava no controle desta vez era Hagar.
Nunca devemos reclamar e murmurar seja qual for a situação que estejamos passando pois tem sempre alguém que daría tudo para estar em nosso lugar. Não conte seus problemas para todo mundo. Se encontrar sua vizinha na calçada não a atormente com seus problemas, ao invés disso abençoe a vida dela com boas palavras. Se estiver infeliz com alguma circunstancia da vida, ore.
Logo depois de perder o controle o próximo passo é murmurar e procurar culpados. Sarai jogou a culpa no seu esposo e murmurou contra ele fazendo-se apenas sofredora. Seu esposo devolveu a responsabilidade para ela e disse:  ̶  A serva é tua, faça com ela o que desejar. E tendo ela o aval de seu esposo, maltratou tanto a sua serva que esta fugiu para o deserto ainda grávida. Hagar também perdeu o controle e não tinha outra saída senão fugir.
Esse controle que achamos que temos é pura ilusão, na verdade ninguém tem o controle das coisas porque quando lidamos com pessoas as consequencias nem sempre são as esperadas, pois os sentimentos das pessoas mudam com muita facilidade.
Hagar fugiu e assim nós nos sentimos muitas vezes querendo fugir, sumir, desaparecer quando percebemos que não temos mais o controle. Foi então que, lá no deserto, um anjo apareceu na vida de Hagar. Deus compadeceu-se do sofrimento dela. O anjo mandou que ela voltasse e se submetesse a sua senhora com humildade e que se assim o fizesse sua descendencia seria grandemente abençoada. Ela fez o que o anjo mandou e então DEUS cumpriu o prometido.
A consequencia disso tudo é uma briga, uma guerra, uma disputa que não acaba nunca entre os judeus (descendentes de Isaque – filho de Sarai que veio no tempo de DEUS) e os Árabes (ao que tudo indica – descendentes de Ismael, filho de Hagar).
Devemos submeter-nos a DEUS, às autoridades e a nosso esposo que foi colocado por cabeça do lar, sabendo que não há nenhuma autoridade que não tenha sido estabelecida por DEUS. Muitas mulheres dizem:  ̶  Eu nasci para ser mãe!!! Mas não é verdade. Nenhuma mulher nasce para ser mãe, ela nasce para ser filha. Filha primeiramente de um DEUS todo poderoso.
Você não é boa mãe, não é boa filha, não é boa esposa, não é boa nada. Só quem é bom é DEUS e é por meio dele que podemos ser boas, é Ele quem nos faz assim por meio de seu filho Jesus que nos purifica de todos os pecados. Nossos atos de justiça são, trapos de imundícia, são desprezíveis para DEUS. Por isso seja qual for seu problema descance, só faça o que DEUS mandar, ore, peça sabedoria a DEUS e não assuma o controle.
Deus a abençoe.
Fonte: Mensagem do Pr. Marcelo Gomes no culto das mulheres dia 14/03/12 - IPI Marringá

EVA - O Poder de uma fantasia

(Texto Gênesis 3:1-7)
Primeira Cena – Eva tinha a mesma sensação de muitas crianças ou adolescentes de que não podem fazer nada, só por causa de uma simples proibição de seus pais. Ela podia comer de todos os frutos de todas as árvores do Paraíso, apenas de uma árvore ela não podia. Mas na mente dela vinha o desejo sobre aquela única fruta em que ela não podia comer. Eva estava intediada mesmo estando no Paraíso. É errado desejar aquilo que não se pode, aquilo que não se tem, é focar naquilo que nos parece dar errado em nossa vida ao invés de agradecer por tudo o que se tem.
Segunda Cena – Eva escuta e responde a serpente, mas ela não responde como Jesus repondeu quando foi tentado, dizendo  - assim está escrito - . Ela diz uma verdade sem precisão, respondendo à serpente que Deus havia dito que não devia comer e nem tocar no fruto daquela árvore. Mas DEUS não tinha falado que não podía tocar. Ouvindo isso a serpente viu que Eva não se lembrava direito do que DEUS havia dito e então aproveitou para argumentar - Não Eva, não é bem assim!! Não é que Deus não quer que vc coma, apenas Deus sabe que se vc comer vai ter discernimento entre o bem e o mal assim como DEUS - .
Terceira Cena – Além de não agradecer pelo que se tem, também é errado querer ser outra pessoa, querer ser como DEUS, querer ter a vida de outra pessoa. Eva morava no Paraíso mas ela quería mais para sua vida. Queria ser inteligente e viu naquele simples fruto o poder para transformar toda sua vida e fazê-la feliz. Como se num passe de mágica uma simples mordida e tudo estaría perfeito. Não existe uma tacada de mestre que possa nos fazer feliz. A felicidade não vem por uma coisa grandiosa que vc faz uma vez na vida, ela é conseguida através de pequenas coisas que fazemos todos os días.
O erro de muitas mulheres é não olhar em volta e agradecer por tudo o que DEUS lhe proporcionou na vida. É dar importancia apenas àquilo que não podem ter e por isso se sentem frustradas. Querem mais da vida.
Um dos grandes pecados das mulheres são as novelas, os romances. Estes são piores que filmes de terror e violência, pois sempre tem uma personagem linda com quem a mulher se identifica. Esta geralmente é casada com um idiota, que não dá o devido valor àquela mulher. Daí aparece o GALÃ…forte, musculoso, um pão. Gentil, romântico, pronto para resgatá-la da vida horrível que ela vive e está disposto a enfrentar tudo e até morrer por ela. A TV nada mais é do que a projeção das nossas fantasias que nunca se realizam na vida real. A FANTASIA é a construção de uma vida ideal na nossa mente e que nos desconecta da vida real. Quando colocamos uma fantasia em nossa cabeça não há quem nos convença do contrário. Ela é poderosa. Na novela aquela mulher, mesmo sendo uma manicure tem uma casa linda decorada pela Tok&Stock e vc na vida real tem coisas das Casas Bahia. E vc então não quer a sua vida, vc quer a vida que aquela mulher da novela tem.
Muitas mulheres pensam que se comprarem aquela bolsa, aquele sapato, ou aquele vestido serão felizes. Elas não compram o produto, mas sim o que aquele produto significa. Elas querem ter a vida de outra pessoa. A vida que parece ter aquela mulher que fez a campanha de marketing do produto.
A felicidade não é o lugar onde se chega, mas o jeito como se vai.
Quarta Cena -  Depois de Eva fazer o que ela pensou ser muito bom para sua vida veio a consequência. Ela abriu os olhos, ou seja, a fantasia caiu por terra e ela viu-se nú e escondeu-se, sentiu-se culpada. Quando nos sentimos culpados nos sentidos nús.
Para sermos felizes temos que buscar conhecimento de DEUS através de sua palavra para conseguirmos alcançar um coração descansado Nele. A felicidade é isso, não são as circunstâncias de nossa vida que importam mas em quem depositamos nossa confiança.
Que DEUS as abençoe grandemente.
Fonte: Mensagem do Pr. Marcelo Gomes do dia 07/03/2012 na reunião das mulheres da IPI - Igreja Presbiteriana Independente de Maringá.