Romanos
5:3-5 e 2 Coríntios 4: 8-9.
“A
excelência possui inimigos. Não é fácil seguir seu caminho. Há obstáculos,
perigos e armadilhas no percurso. Dentre os riscos, os mais comuns são o
descaso, o desânimo e o desespero. É preciso compreendê-los e
enfrentá-los.
O
descaso é uma atitude de desprezo e indiferença. Faz com que a pessoa não
perceba ou não reconheça a importância de algo ou alguém. Seu coração permanece
fechado, mesmo em face dos estímulos e insistências que recebe. É como um
filho que não dá atenção aos conselhos de seu pai ou a menor importância para
as preocupações de sua mãe. Ele ouve, mas, como costumamos ilustrar, é como se
entrasse por um ouvido e saísse pelo outro.
Muita
gente trata a vida com descaso. Das duas, uma: não conhece seu próprio valor e,
por isso, não tem discernimento para avaliar o mundo à sua volta; não conhece a
ausência, a necessidade, e tende a acreditar que tudo, sempre, estará à
sua disposição, em abundância. Sabe aquele tipo de gente que só reconhece
o valor quando perde? O descaso leva à perda e esta, às vezes, é
irreversível. Não é bom tratar o desafio da excelência com descaso.
O
desânimo também é inimigo da excelência. Faz com que a pessoa desista do
desafio em razão das adversidades que encontrou pelo caminho. Seu coração
e alma estão exauridos. Mas não é exatamente um cansaço, pois deste é
possível descansar. Ainda que seja mental ou emocional. O desânimo se instala
quando o cansado não acredita no descanso e não sente que seja possível
renovar forças ou motivações para seguir adiante.
Vivemos
dias desanimadores e há muita gente desanimada por aí. Gente que não
suporta mais os desgastes que suas lutas impõem. Como dizemos, está por um
fio. É gente que precisa parar para pensar, elaborar frustrações e
decepções, planejar com coragem, respirar fundo. Lembrar das palavras de
Jesus, que nunca enganou ninguém: no mundo vocês terão aflições, mas
tenham bom ânimo porque eu venci o mundo. Excelência é caminho árduo, mas que
faz valer a pena seguir adiante a cada novo dia.
Enfim,
o desespero é inimigo da excelência, pois desestabiliza e precipita na
destruição. É mais que desânimo: se este é um olhar para si mesmo que
encontra o coração sem forças, aquele é um olhar para as circunstâncias
que as encontra sem remédio. É uma declaração de impossibilidade, de falência,
de derrota inevitável. Uma pessoa desesperada é aquela que não vê saída
para os problemas, sobretudo porque as soluções que imaginou ou previu já não
são mais acessíveis ou suficientes.
Por
tudo isso a esperança é irmã da excelência. Se o desespero nasce do encontro
com portas que se fecharam, a esperança floresce como uma certeza de portas e
janelas que se abrirão onde só há paredes. Não é um crer que tudo vai dar
certo, mas um confiar mesmo quando nada dá certo do jeito que se imaginava,
pois Deus está no controle de tudo. Não é uma expectativa de solução, mas
uma certeza dos propósitos que orientam a vida dos que amam a Deus e esperam
seu agir.
E
se o ditado diz que a esperança é a última que morre, o cristão diz que sua
esperança já morreu… Mas ressuscitou! Nossa esperança é Jesus, modelo de
excelência, hoje e para sempre.”
Mensagem do Pastor Marcelo
Gomes no culto das mulheres da IPI de Maringá