quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Supere suas Crises - Parte 2

Continuação....Lições que aprendemos com Elias

(1 Reis 17-7:15)

2ª. Você precisa adaptar-se às mudanças. E adaptar-se mais rapidamente. Assim que o riacho secou, Deus fala com Elias e o manda ir a Sarepta de Sidon, onde ordenou que uma viúva o alimentasse. Agora Deus está dizendo usaria uma viúva para cuidar dele. É difícil quando a temos que nos adaptar a uma realidade que, aparentemente, é inferior àquela que tínhamos. Há necessidade de humildade, de confiar que Deus sabe o que está fazendo. Mas, Senhor, uma viúva? Israel estava vivendo um tempo de crise, a seca já estava tomando conta de toda região. As mulheres daquela época não tinham o direito a patrimônio. E essa viúva estava colhendo dois gravetos para assar um último pão para comer junto com seu filho e esperar a morte. Mas Deus fala para Elias: “Vou mandar que ela te sustente”. Às vezes, alguém pode ser benção em sua vida sem saber que é Deus quem o está usando. Quando aceitamos as mudanças e desafios que estão à frente, e pedimos sabedoria à Deus, Ele irá levantar pessoas, abrir caminhos e mostrar uma direção que até então não estávamos enxergando.

3ª. Você precisa enxergar possibilidades, ver o que não está evidente, ver para além do que está à mostra. Elias vê uma viúva catando gravetos. Essa mulher certamente não está vestida com roupas próprias de uma pessoa em situação privilegiada. Ela cata gravetos e ele pede um copo de água. As mulheres naquela época eram muito solicitas Se um homem pedia, elas tinham a obrigação social de atender. Ela sai para buscar água. Mas ele é daquele tipo de pessoa que, se você der a mão, quer o braço. Assim era Elias. Aí, quando ele pede um pedaço de bolo, a viúva pára e jura por Deus que não tinha, pois “estou colhendo dois gravetos para usar um resto de farinha e um resto de azeite para fazer um bolo para mim e para o meu filho e esperar a morte”. Elias não fica chocado. Você não acha isso interessante? Elias vê além do evidente: visão de fé. Mesmo de onde aparentemente não sai nada, Deus pode tirar alguma coisa. Você olha para o seu filho e pensa: “Meu Deus, esse menino vai de mal a pior”. Não, Deus poderá fazer um milagre na vida do seu filho! Entretanto, você pode enxergar na vida dele o que hoje não está evidente!

4ª. Você precisa acreditar em Deus. Deus faz milagres mesmo nas circunstancias mais adversas. Deus fez um milagre na vida daquela mulher. Deus disse: “Não vai faltar” e não faltou. Não é fácil porque cremos no que vemos, no que está evidente ou ao alcance das mãos. Preciso crer que Deus faz milagres pois se não aceitar milagres, também não me adaptarei e não enxergarei possibilidades. A minha vida ficará travada e olharei para tudo com tristeza e desânimo. Para acreditar que Deus faz milagres, primeiro temos que ouvir. A mulher ouve Elias dizer: “Vá, faça e traga porque Deus falou que não vai faltar”. Só o fato de você estar aqui hoje, ouvindo a Palavra de Deus já é um primeiro passo, porque a fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Deus. Em segundo lugar, obedecer. Vá, faça e traga são imperativos. Obedeça, comece a fazer aquilo que é possível fazer. Às vezes não obedecemos porque tememos o depois. A bíblia manda perdoar, mas por que eu não perdôo? A ferida eu já tenho, não vai aumentar ou diminuir. Não perdoo porque temo ficar exposto a uma nova ferida, temo sofrer outra vez se perdoar. Temo trazer para a minha vida alguém que já consegui deixar de fora. Então, é o “depois” do perdão que me apavora. Sei que tenho que orar. Porém não oro porque penso no tempo que perderei orando, tenho tantas outras coisas para fazer...Eu e você podemos obedecer hoje. Tomar uma decisão que Deus quer de nós. A terceira questão é compartilhar, ou seja, acreditar em milagre também passa pela coragem de compartilhar. Quando você compartilha, abre mão de algo que já te pertence para colocar à disposição de outro, e ter que depender de Deus para repor isso. As pessoas que mais crêem em Deus são as mais generosas. Quem sabe qual é a fonte do seu sustento, não precisa se apegar ao sustento que já tem... 

Mensagem do Pr. Marcelo Gomes no culto das mulheres da 1ª IPI de Maringá dia 13/08/2014.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Supere suas Crises

(1 Reis 17-7:15)

Elias viveu tempos de crise. O ministério dele surge para o mundo quando Deus decide fechar os céus e impedir a chuva de cair sobre a terra. Elias procurou Acabe, anunciou a decisão de Deus e desde então, a terra de Israel ficou sem chuva por três anos. Foram tempos muito difíceis, nos quais Deus tratou com a nação e também com Elias, que era um homem de Deus. A primeira experiência que Elias teve com Deus foi a de morar perto de um riacho e ser alimentado por corvos, que lhe traziam comida pela manhã e pela noite. Mas no texto de hoje diz que, passado algum tempo, o riacho secou. Com isto aprendemos as seguintes lições:


1ª. Você precisa aceitar as mudanças. Elias foi morar perto de um riacho, mas um dia este secou. Elias já devia estar acostumado com o riacho, com os corvos que traziam alimento pela manhã e à noite. Mas aprendemos, desde cedo, que as mudanças fazem parte da vida. Elas vêm, quer queiramos, quer não, estejamos preparados ou não. E logo descobrimos o quanto é difícil lidar com elas. Existem pessoas que não aceitam as mudanças, apegam-se muito facilmente à situação que estão vivendo. Mas situações mudam. Pessoas mudam. Ontem você tinha amigos que hoje não mais fazem mais parte do seu convívio. Os filhos crescem e acabam por sair de casa para viverem as suas próprias vidas. É difícil lidar com o fato de que Deus promove mudanças nas nossas vidas. Foi Deus quem disse para Elias morar perto de um riacho, mas mesmo assim o riacho secou e desapareceu. Mesmo algo que comece de Deus para a nossa vida, pode dar lugar a uma nova experiência. Envelhecemos. E é difícil lidar com isso. Mas é preciso aceitar, porque aceitar mudanças significa que não perderei tempo negando-as. Há o dia em que teremos que mudar alguma motivação para olhar em outra direção. Há o dia em que teremos que deixar Deus trabalhar em nossa vida. É preciso crescer, amadurecer e acompanhar o que Deus está fazendo em nossas histórias.  

Acompanhe mais lições nas próximas publicações....

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Vida Simples!! Ninguém leva Nada


Eclesiastes 5:13 a 6:2.

O Eclesiastes apresenta a vida como ela é, sobretudo quando a vida é recebida como um presente que vem de Deus, simplificando as coisas e nos ensinando um caminho mais reto e simples de ser percorrido. Sabemos que é mais fácil complicar a vida quando somos ricos do que quando somos pobres. Embora simplicidade não seja sinônimo de pobreza, o pobre precisa de mais criatividade para complicar a vida do que quem tem alguma coisa. O homem tem muitos desejos na vida e imagina que realizar estes desejos será um caminho de felicidade. O Eclesiastes está falando de alguém que chegou nesse estágio e viu um mal terrível debaixo do sol, porque acumulou riqueza para a sua própria infelicidade. Não tem nada pior do que nos descobrirmos no meio de uma complicação enorme, muitas vezes criada por nós mesmos. Como descomplicar a vida? Como encontrar um caminho de simplicidade onde nos sintamos bem diante de nós mesmos, das pessoas e, acima de tudo, diante de Deus? O que este texto tem para nos ensinar a respeito dessa relação com os privilégios e as coisas boas que Deus nos dá?

1. Riqueza compra muita coisa, mas não compra o futuro. O homem do texto acumulou para a sua própria infelicidade porque não era capaz de se tranqüilizar em relação ao futuro. Estava apavorado pelo medo de um mau negócio. Mas as riquezas não se sustentam por si mesmas e por isso não têm o poder de garantir o futuro. Não há estrutura que não possa desmoronar. Não há conforto que não possa se perder. Não há estabilidade que não possa se desestabilizar. E a enfermidade? E a traição? Mas existem pessoas que nunca perderam nada e, mesmo assim, sofrem só em pensar na possibilidade de acontecer. O único meio de vencer o medo do futuro é confiar no cuidado do Pai. O salmista diz “mas eu confio no Senhor e o meu futuro está em Suas mãos e Ele me defenderá dos meus adversários”. Eu não sei o que vai acontecer comigo, mas uma coisa sei: nada do que tenho hoje me preservará de uma tribulação que poderá vir amanhã, por mais que eu me previna. O ditado popular diz que “gente prevenida vale por duas”. Mas às vezes gente prevenida “pesa” por duas! Não tem leveza, não tem paz, está sempre sobrecarregada. É tão bom quando a gente aprende que o nosso “amanhã” está nas mãos do Senhor! “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais”. (Jeremias 29:11)

2. Riquezas não compram felicidade. Sabemos que dinheiro não compra felicidade, senão não haveria ricos infelizes. O texto diz que esses vivem em trevas, frustração e desgosto porque não conseguem desfrutar daquilo que têm. Sabemos que dinheiro não traz felicidade, mas o que não sabemos como lidar com isso. A sugestão do texto é aprender a lidar com aquilo que Deus dá. O dinheiro não traz felicidade porque ele não tem felicidade para oferecer! Mas em algum lugar do coração humano ficou plantada a semente de que, quando ele chegar vai trazer felicidade. Então eu serei feliz “se”, mas não sou feliz “enquanto” o dinheiro não chegar. Por isso que a felicidade não é um lugar onde se chega, mas o jeito como a gente vai. Então, o que é felicidade? É um balanço geral que fazemos da nossa vida, pesando numa balança o que é bênção e o que nos afeta negativamente. E entre tantas coisas, ruins e boas, nosso saldo ainda é positivo. Na balança da vida do cristão, no prato das coisas positivas existe o relacionamento com Deus. E isto pesa quanto? Se temos Deus, o que podemos colocar no outro prato da balança que vá fazê-la oscilar? Então somos totalmente felizes, muito embora nesta hora possamos estar tristes por causa de algum problema. Nesta lógica você pode entender que “felizes os que choram, porque serão consolados” – têm Deus no outro lado da balança.  Alegria é diferente de felicidade porque é um sentimento que vem de experiências que eu considero favoráveis para mim. Mas a felicidade não é um sentimento. A alegria pode dar lugar à tristeza, pois é um sentimento e oscila. A alegria do Senhor é a nossa força, porque quando eu permito que o Senhor me alegre, a resposta do meu ser é um fortalecimento para seguir em frente, como uma “injeção” de ânimo. O que confia nos próprios recursos oscila e não é capaz de desfrutar das coisas que Deus dá. O texto diz que nada é melhor do que comer, beber e desfrutar. Não é preciso ter muito dinheiro para ter bons momentos. E quem não é capaz de desfrutar no pouco, também não é capaz de desfrutar no muito. O problema está na pessoa e não nos recursos que tem.

3. Riquezas não compram fé. O texto termina dizendo que é Deus quem concede. Concede para uns, mas muitas vezes não lhes permite desfrutar e acaba dando para outro. Ele é soberano e esta é uma das razões pelas quais muitas vezes o nosso coração não encontra descanso, pois não cremos na soberania de Deus. Não cremos que Deus está no controle. Não confiamos que Ele nos ama de fato. O salmista diz “eu confio no Senhor, o meu futuro está em Suas mãos e Ele me protegerá dos meus adversários”. Precisamos confiar em Deus como a criança que confia em sua mãe a ponto de descansar e dormir no seu colo, sabendo que está protegida e segura. Quem conhece o amor de Deus aplaca as buscas e os anseios do coração. O projeto não é ser feliz, mas andar com Deus; ser a pessoa que Deus quer que sejamos. Isso garante nosso futuro, traz felicidade ao nosso coração e alimenta a nossa fé.
 
Mensagem do Pr. MArcelo Gomes no culto das mulheres da 1ª IPI de Maringá. 23.04.2014.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A vida de Pedro: Lições sobre olhar e ver


(Atos 3:1-10)

Os olhos olham, mas nem sempre veem. Há uma diferença entre olhar e ver. Ver implica em prestar atenção. Isso leva José Saramago a dizer: “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.” Nós usamos o verbo reparar de forma simbólica: “Você reparou no vestido da Fulana?” Saramago usa “reparar” para devolver a condição ideal de algo, como consertar uma roupa ou algo que quebrou. O nosso olhar nos coloca em contato com o mundo e nos faz ajudar de alguma forma. Quando alguém se nega a ser benção, uma das expressões que usamos é “fecha os seus olhos” A pessoa que não ajuda ninguém, fecha os seus olhos para o que está a sua volta. Não se importa. Pedro olhou, viu e reparou. Algumas lições que aprendemos com Pedro:

1ª. Se você quer ter uma visão de fé na sua vida, você precisa ver o que ninguém está vendo. Pedro e João chegaram ao templo para a hora da oração, enquanto uns homens levaram o homem aleijado para a porta do templo, a fim de pedir esmolas. Ele era deixado na porta Formosa todos os dias. Quando fazemos algo todos os dias, corremos alguns riscos: coloco a vida no piloto automático, não penso mais no que faço. Não me pergunto mais por que eu faço isso todos os dias, ou por que eu falo desse jeito ou ainda por que eu estouro diante de determinada situação. Escolhi as prioridades certas? Uma análise da minha rotina pode me fazer ver que há uma inversão das minhas prioridades. O segundo risco é estabelecer que aquilo que faço sem pensar é algo definitivo. Pedro não viu aquela situação como definitiva. Aquilo poderia ser diferente, Deus poderia fazer um milagre. Essa é a benção de crer. Nada na nossa vida é definitivo. Deus pode fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos. Todos os dias as pessoas viam o aleijado e todos os dias este pedia esmolas. Quando este viu Pedro, o viu como uma oportunidade de ganhar esmolas. Mas Pedro tinha algo mais para ele, teve uma visão de fé. Mesmo que todos pensem em desistir da família, deixar de ler a bíblia ou falar mal do chefe, eu quero ser diferente. Deus pode mudar a minha família, quero orar pelo meu chefe, quero orar e ler mais a bíblia. Precisamos buscar a fonte da vida. Chega de remar no mesmo sentido que os outros – quero ter uma visão de fé!

2ª. Você precisa ver o que tem e o que não tem.  Pedro pede ao aleijado que olhe para ele e diz que não tem aquilo que estava esperando – ouro ou prata, nem a resposta para os seus problemas. Às vezes não queremos olhar as pessoas nos olhos porque sabemos que não temos o que esperam de nós. Também por isso, temos a tendência de passar sem olhar alguém necessitado que encontramos na rua, por exemplo. Temos a impressão de que se não olharmos, não nos comprometeremos. Mas Pedro quer que o homem o olhe, “não tenho ouro nem prata, mas o que tenho isso lhe dou”. Qual é o problema de colocar o que tenho à disposição? Quando temos Deus, temos mais do que aquilo que as pessoas precisam. O mundo precisa de mulheres cheias de Deus. Vivemos em um mundo em que não ter é o mesmo que não ser. Toda vez que olho a vida pela óptica das ausências não enxergo a presença de Deus. Deus não é uma ausência. Então, toda vez que eu focalizo as ausências, eu perco a referência de Deus. Pedro tem outra linha de raciocínio, ele não olha a ausência mas a presença. Pedro diz que aquilo que não tem não é o foco, mas aquilo que tem é muito mais importante: “Levanta e anda”. Eu posso não resolver o problema de alguém, mas posso orar com essa pessoa... Posso ser um instrumento de fé nesta vida.

3ª. Pedro viu antes o que depois todos puderam ver: um novo homem, fruto do milagre de Deus. Talvez este homem nem tenha entendido de imediato o que estava acontecendo. Era aleijado de nascença. Pedro pegou sua mão ao mesmo tempo que disse: “Levanta e anda!” Quem creu foi Pedro. E nós, no que cremos? Fazemos compromissos de oração porque cremos que Deus está ouvindo as orações. Então, já vamos dando passos de confiança, alegria e ânimo. Não é possível orar e em seguida levantar com o semblante carregado! Quando vemos algo acontecer pela fé, já vamos nos alegrando... Já me vejo andando. Sei que Deus está no controle de tudo e, quando me puser em pé, estarei com os joelhos firmes, saltando e louvando a Deus!
 
Mensagem do Pr. Marcelo Gomes no culto das mulheres da IPI Maringá.

A vida de Pedro: Lições sobre alcance


(Atos 5:12-16)

“Todos eram curados”. Todos os que vinham ou todos os que ficavam à sombra de Pedro? Essa é uma discussão antiga. Não há consenso sobre o assunto. As pessoas levavam os doentes para o caminho, a fim de que a sombra de Pedro ficasse projetada sobre eles. Na verdade, não importa se a sombra curasse. Este não é o tema da nossa reflexão. O que chama atenção é a sombra de Pedro ser mencionada. Importa a soberania de Deus, Ele faz do jeito que quer e quando quer. Para Ele não há impossíveis. Assim como as curas de cegos realizadas por Jesus, que foram feitas de várias maneiras. Esse tipo de discussão sobre a maneira certa de obter um milagre não é espiritual, mas superstição. Há algum tempo, começamos a ouvir no mundo evangélico a expressão “oração forte”. Também não importa se as nossas orações são fracas ou fortes. Importa é que Deus as ouça. “As nossas orações são fracas e pobres. Contudo, não importa que as nossas orações sejam fortes. Importa que Deus as ouça” (Karl Bart). Porque quando Deus ouve orações, elas são atendidas. E Deus sempre ouve orações.

Pensando na sombra de Pedro, podemos aprender três lições muito simples:

1ª. A sombra de Pedro era a sua presença onde ele não estava. A nossa sombra funciona como nossa presença naquele espaço que não estamos ocupando. Um prédio colocado num determinado terreno na rua, pode ter a sua sombra projetada na rua toda. A minha sombra também é capaz de ocupar espaços que eu não posso. Se sol estiver por trás de mim, ela pode ficar projetada sobre uma piscina por exemplo. Talvez colocassem os doentes onde passava a sombra de Pedro por não alcançarem a ele próprio... Então, a sombra de Pedro funcionava como uma extensão sua onde ele próprio não podia alcançar. E a minha sombra, onde pode alcançar? Onde Deus está usando a minha vida e eu nem estou? A oração pode ser como uma sombra, que toca lugares onde fisicamente não posso ir. A oração missionária ocupa espaços que eu não posso alcançar; oração por filhos, quando saem de casa, ou pelo marido que sai de viagem e não posso ir junto. Precisamos orar mais para que a nossa vida tenha um alcance maior, que vá além da nossa vida física.

2ª. A sombra funciona como alívio, proteção, refresco. Quem está caminhando há muito tempo debaixo do sol quente e, de repente encontra uma sombra, sente grande alívio no meio do deserto! No meio do deserto, tudo o que desejo é sombra e água fresca. O sol quente da vida, dos nossos problemas... Existem pessoas que funcionam como palito de fósforo no sol quente da nossa vida. Estamos queimando e essas pessoas nos queimam ainda mais. Não quero ser assim! Quero ser alívio na vida das outras pessoas, como sombra em terra seca.

3ª. Só produz sombra quem anda na luz, não na escuridão. Pedro tinha sombra porque andava na luz. Aí vemos a importância de andar na luz. Andar na luz significa que as pessoas que andarem à nossa sombra saberão que só desfrutaram de uma sombra porque há uma luz que brilha em nós – a sombra espiritual é o reflexo de Deus brilhando na nossa vida, a Sua presença. Às vezes, quero ajudar, ser uma benção, ter uma vida relevante, mas continuo desanimado, prostrado e no ostracismo de uma vida sem brilho. Não entendo o que está acontecendo comigo. O que está fazendo falta é essa luz! Ninguém será benção na vida de ninguém se não andar na presença de Deus! Antes de querer resolver um problema, preciso buscar a presença de Deus. Preciso buscar à Deus sempre, não apenas na hora da necessidade. E o que Ele fizer na minha vida, um milagre ou uma solução, será uma consequência...

“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.” Salmo 91:1
 
Mensagem do Pr. Marcelo Gomes no culto da mulheres-IPI Maringá.