quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A MULHER CANANÉIA E A VITÓRIA DA FÉ

(Mateus 15:21-28)

O ser humano é ansioso; nós somos muito ansiosos. A ansiedade nos faz lidar com o presente na expectativa de garantir o futuro e nos faz pensar no futuro muito mais como um risco do que como uma oportunidade. Rubem Alves define ansiedade como sofrer fora de tempo por um futuro que, por enquanto, só existe na nossa imaginação. Há uma ansiedade positiva que faz com que sejamos cuidadosos em relação ao que não conhecemos. Mas há uma ansiedade patológica que perturba a vida e deixa a alma adoecida. O ansioso quer ver logo suas soluções garantidas, não gosta de esperar. Esperar não é fácil, ainda mais quando o que estamos esperando é de extrema importância. Aí, tentamos fazer com que tudo funcione no nosso tempo. Mas quando a gente vem para a fé, descobrimos que nem sempre Deus está comprometido com o nosso tempo e o nosso desejo de ver as coisas solucionadas do jeito que gostaríamos. Isto tem a ver com o nosso texto, que fala de uma mulher que estava com a sua filha numa situação terrível, tomada pelo poder do diabo. Muitas mães já tiveram que lidar com filho com problema de drogadição, chegando em casa fora de si. Isso não é nem metade do que é um filho possuído pelo inimigo, como estava a filha dessa mulher. Essa mãe teve a certeza que, recorrendo a Jesus, sua filha seria liberta e curada. E o texto diz que ela gritava: “Senhor, filho de Davi, tenha misericórdia de mim, a minha filha está terrivelmente endemoniada”. Mas o texto diz que Jesus simplesmente não respondeu. Ignorou-a, a princípio, depois respondeu: “fui enviado apenas às ovelhas perdidas da casa de Israel.” Como se o coração dele estivesse fechado, frio, indiferente, como se fosse um de nós. Mas essa mulher extraordinária teve um comportamento exemplar diante do silêncio, da recusa aparente de Jesus, diante da sua ansiedade. E nos ensina três lições:
Primeira: Essa mulher precisou vencer sua autoconfiança. Uma pessoa autoconfiante é alguém que quer resolver tudo sozinha, com os recursos que tem à sua disposição. Mas há momentos na vida em que Deus permite algumas lutas para nos mostrar que não temos todas as soluções que gostaríamos de ter. Por exemplo, você tenta salvar um casamento que está desmoronando e ele vai ficando pior. Você faz tudo para tirar um filho do caminho errado e ele vai se afundando ainda mais. Você tenta, por todos os meios, resolver uma situação de conflito e o conflito vai se agravando. E você diz: “Deus, porque o Senhor não faz alguma coisa, por que não me ajuda?” Nesse desespero, você está querendo Deus como seu ajudante. Mas Deus não quer ser um mero ajudante, Ele quer ser o capitão do seu barco, quer que você solte esse leme que não era para estar na sua mão. É Ele quem pilota. E você somente ajuda. Algumas lutas servem para sairmos do centro, descer do trono, abrir mão de fazermos as coisas do nosso jeito e deixar nas mãos do Senhor. É a vitória sobre nossa tendência de fazermos as coisas do nosso modo.
 Segunda: Essa mulher precisou vencer sua auto-estima. Dois momentos neste texto são fundamentais: quando ela se prostra (só se prostra quem reconhece que é inferior diante de quem está) e quando Jesus lhe responde: “não é justo tirar o pão da boca de um filho e dar para um cachorro”. Ele estava dizendo que não podia tirar do que daria para um filho e dar para ela, que era estrangeira. Você não entenderia isso como ofensa e levantaria dali? Os discípulos concordavam com Ele porque entendiam que o Messias era só para eles. Isso é religião e religião é para quem “merece”. E essa mulher não era digna. Jesus estava levando-a ao máximo da humilhação para que ela entendesse e todos sentissem que é só nesta hora que a sua vida está pronta para o agir miraculoso de Deus! É quando entendemos que não é mérito, mas graça! Não é por você estar aqui agora, não é por quantas semanas que você orou, não é pela sua história de vida, não é por quanto você se esforça para ser boazinha, mas é porque Deus é bom! Tudo que Ele faz na nossa vida é graça. Quando entendemos o mistério da graça, entendemos que não importa quem somos, se filhos ou cachorrinhos, mas importa quem Deus é!!! E Deus é bom! Se você se sente a pior pessoa do mundo, se não tem conseguido buscar a Deus como gostaria, ainda assim, hoje Deus pode fazer um milagre na sua vida e mudar tudo. Não tem a ver com o que você fez por merecer, mas com quanto Deus ama você!
Terceira: Essa mulher precisou vencer sua autocomiseração, vencer sua tendência a se sentir vítima. Diante do que Jesus falou, 99% de nós ficariam ali ajoelhados pelas próximas duas horas, pensando em como a vida é má, como ninguém nos ajuda e em como estamos cercados de pessoas que não nos amam! Pessoas vitimistas têm estes exageros: “Se nem Deus me ouve, quem é que vai me ouvir?” Essa mulher não é como a maioria de nós. Ela sente o impacto, elabora no seu coração o que Jesus está fazendo com ela e responde que é mesmo um cachorrinho, mas não vai entrar no mérito dessa questão, se é filha ou não, se merece ou não, se é digna ou não. A questão é que até um cachorro acaba comendo das migalhas que caem da mesa do seu dono. Ela está lá porque tem absoluta convicção que uma migalha caída da mesa de Jesus resolveria o seu problema. Jesus olha para ela e diz: “Sua fé é grande. Vai, sua filha está curada.”
Essa mulher queria vencer uma luta que envolvia a sua filha e acabou vencendo a maior das lutas que a envolvia! Ela foi lá para ter a filha livre de um demônio. E saiu de lá com a filha livre de um demônio e ela mesma livre de si mesma. Ela foi lá por causa da filha, mas encontrou um Deus que ajudou a vencer a si mesma. Nossas lutas não são por acaso. O silêncio de Deus não é por acaso. Uma coisa é passar por uma crise no casamento. Outra coisa é permitir que esta crise desencadeie complexos que não sabemos para onde canalizar. Deus quer mais do que te dar uma solução: ele quer que você fique frente a frente consigo mesma e entenda que abençoar a sua vida é mais importante do que a solução do seu problema. Vencer a auto-estima. Entregar tudo nas mãos de Deus.

Mensagem pregada pelo Pr. Marcelo Gomes no culto das mulheres da 1ª IPI de Maringá, 24/10/2012.

A VIÚVA E O PODER DA PERSISTÊNCIA

(Lucas 18:1-8)

Neste texto Jesus fala sobre uma viúva que não tem nome e, talvez nem tenha existido de fato, por se tratar de uma parábola. Naquele tempo uma mulher sofria muitos preconceitos. Uma viúva, em especial, sentia-se muito desprotegida. Era alvo fácil de aproveitadores que dela se aproximavam para usurpar da herança recebida do falecido marido. As mulheres não lidavam com negócios, era privilégio dos homens. Essa mulher, em especial, além de viúva, não tinha ninguém que a protegesse. Nem irmão, cunhado ou mesmo um filho. Certamente passava por dificuldades, pois buscava socorro junto ao juiz. Alguém a tinha enganado de alguma forma e agora esperava que o juiz tivesse qualidades necessárias para ajudá-la. Todavia ele tardava a lhe atender. Talvez, por ser corrupto esperava dinheiro dela ou de seu adversário, para resolver a causa. A mulher insistia a ponto de atormentá-lo até ele dizer que resolveria o seu caso, para que não mais voltasse ali. Aí Jesus usa essa pequena história para ilustrar como é importante sermos insistentes com Deus, porque Ele, o Justo Juiz, não tardará em responder as nossas necessidades.
Às vezes, Deus demora em responder nossas orações por alguns motivos: 1º, mesmo demorando, Ele responde; 2º, para que intensifiquemos nosso relacionamento com o Senhor. Vida de oração com Deus não é apenas agradecer pela comida e pela saúde. Muitos de nós fazemos da oração um “pedir” ou um “agradecer” – geralmente pedir. A oração deve ser um diálogo com Deus, onde nos abrimos com intimidade apesar de sabermos que Ele já conhece o que está em nosso coração; 3º, para desenvolvermos a nossa meditação, não só na Palavra, mas no problema em si. A demora nos ajuda a refletir sobre as circunstâncias e o porquê das coisas que estão acontecendo. Essa parábola contada por Jesus nos ajuda a entender que há um poder especial na persistência. Não é um poder relacionado à auto-ajuda tipo “eu posso”. É para insistirmos com Deus assim como essa mulher atormentava aquele juiz, até o ponto em que ele resolveu responder. Com ela aprendemos três lições que devemos seguir se quisermos receber resposta da nossa oração:
Primeira: Não importa o quanto demore. Importa que eu não desista. Oração é um hábito. Assim como há um hábito de alimentar nosso organismo para sermos saudáveis, há também um hábito de oração, que nos leva a ficar saudáveis espiritualmente, mais íntimos de Deus, recebendo dEle as respostas necessárias para os nossos problemas. Precisamos desenvolver o hábito de orar. Oração constante traz saúde espiritual para nossa vida. Vida com Deus é um exercício. Amar é um exercício. Como o marido vai ser transformado se a esposa deixou de amá-lo, se ela não exercita mais o amor por ele e se não intercede mais por ele? O amor é muito mais um exercício do que um sentimento. Temos falado disso constantemente nas quartas-feiras. É uma decisão de ver transformações acontecendo na nossa vida.
Segunda: Não importa a minha justiça, importa a justiça de Deus. Quem julga melhor, eu ou Deus, que está em todos os lugares e vê todas as coisas, inclusive o coração de todas as pessoas? O julgamento que fazemos das pessoas nos leva a tomar decisões e muitas vezes sofremos as conseqüências por termos julgado errado e tomado decisões erradas.
Muitos julgam as pessoas pela aparência! Quantas vezes julgamos os nossos filhos pelo jeito que eles agem, esquecendo que um dia também já fizemos algo pior! Precisamos aprender a colocar nas mãos de Deus e confiar que só Ele vai fazer o certo. Nossa justiça, muitas vezes, exige respostas favoráveis e imediatas. Isaias 59:1 diz: “Eu sou o Senhor e a minha mão não está encolhida para que não possa dar e nem os meus ouvidos tapados para que não possa ouvir.” Deus não se prende em nossa dimensão de tempo e espaço. Se Ele está em todos os lugares ao mesmo tempo, não mede o tempo como nós, que só podemos estar aqui agora. Deus vê tudo e sabe tudo, desde o momento que nascemos até aquele em que não estaremos mais aqui. Sua justiça é perfeita. Alguém já pediu laranja para Deus e Ele deu jiló?
Terceira: não importa que eu acredite. Importa que eu creia. Podemos acreditar em tudo, até em coisas que não existem. Mas a questão não é acreditar, a questão é “crer”. A pergunta que Jesus faz aqui incomoda, porque Ele diz: “quando vier o Filho do Homem, achará fé na terra?” Parece uma pergunta irônica, mas Ele está dizendo que “quem tem fé continua insistindo”. A fé não é uma crença, um sistema religioso, uma oração especial. É a fé que alimenta o nosso desejo de orar.   É uma fé de que Deus vai nos abençoar. A palavra “acreditar” significa dar crédito. A palavra “crer” significa confiar no que é verdadeiro. Há uma diferença. Não precisamos dar crédito a Deus ou depositar algo para que Ele nos dê alguma coisa. Temos que crer e confiar que Ele é verdadeiro e que verdadeiramente nos atende. Não devemos fazer da nossa luta espiritual e das nossas orações uma barganha com Deus. Tudo é dEle! A Bíblia diz: “confia no senhor e faze o bem”; “Confia no senhor e tudo o mais Ele fará”, “sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dEle se aproxima precisa crer que Ele existe e que recompensa aqueles que O buscam.” Se os motivos que a têm levado a DEUS, são genuínos, Ele certamente já ouviu na primeira oração. Continuar orando vai ajudá-la a desenvolver uma vida de confiança no Senhor. Se um juiz iníquo e corrupto atendeu uma viúva que não tinha quem intercedesse por ela, quanto mais Deus, que ama os Seus escolhidos.

Mensagem pregada pelo Pr. Natinha - 1ª IPI de Maringá no culto das mulheres, 31/10/2012.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Casamento - O principal ministério (Paul Washer)


Mensagem edificante para esposo e esposa. Deus abençoe a todos.

MARTA E MARIA

(Lucas 10:38-42)

O texto nos ajuda a refletir sobre o que temos feito com o tempo que Deus tem nos dado, por que fazemos o que fazemos durante a nossa vida. O pano de fundo para tudo que lemos neste texto é o discipulado. Jesus envia setenta discípulos para pregarem e, ao retornar ficam abismados pelo que estava acontecendo pelo uso do nome de Jesus. Eles estavam maravilhados. Mas Jesus fica preocupado com isso. É interessante porque Jesus não apenas falava aos discípulos, mas procurava situações para que os discípulos colocassem em prática tudo que Ele lhes estava ministrando. E a grande questão é por que Jesus se desloca com os discípulos para a casa de Marta e Maria? O que será que queria ensinar sobre discipulado? Discípulo é aquele que segue a disciplina de alguém. Os discípulos foram chamados assim porque atenderam ao chamado do Mestre Jesus e agora os Seus ensinamentos começam a ser colocados em prática ou em xeque, em muitas circunstâncias de sua vida.
Estar sentado aos pés de Jesus – e esta expressão significava sentar-se para ouvir alguma coisa (o professor para com o aluno é uma relação de discipulado, de ensino). Maria senta-se aos pés de Jesus no sentido de ansiar por um ensino que transformasse a sua vida. Por que ela sabia que isso era essencial. Marta e Maria eram irmãs de Lázaro, o que foi ressurreto por Jesus, era uma família muito amada por Jesus. Marta e Maria se preparavam para receber Jesus. Quando Ele chega, Maria se assenta ao seu lado e Marta continua nas arrumações da casa. Jesus começa a ensinar. E Marta continua e trabalhar. Ele olha pra Marta e descobre coisas escondidas naquele ativismo maluco, talvez até um comportamento religioso. Jesus começa a olhar para o coração daquela mulher, porque talvez uma pessoa como nós olhasse para aquela situação e criticasse Maria e não Marta. Que mulher folgada! Talvez haja pessoas com esse coração: Parar para orar? Parar para ouvir a Palavra? Que absurdo! Maria está aos pés de Jesus e Marta começa a ficar aflita. Olha aquela situação e começa a ficar revoltada, porque talvez o que Marta talvez quisesse era o reconhecimento do seu trabalho. Talvez um vazio que precisava ser preenchido, uma baixa auto-estima que precisava ser tratada. Veja se nós não somos assim. Queremos aceitação por tudo que fazemos. Porque é que nós fazemos o que fazemos? Esta é uma boa pergunta, sempre. Por que oramos? Porque vamos à igreja? Por que lemos a palavra? Por que vamos em direção aos menos favorecidos, por quê? É porque queremos ser salvos? Se estivermos condicionando a nossa salvação àquilo que nós podemos fazer, tem alguma coisa errada na nossa fé. Em Efésios diz que “pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus. Não das obras, para que ninguém se glorie”. Eu faço o que faço porque já tenho a salvação, não porque quero conquistá-la. O que eu faço é por amor ao meu Deus, não para conquistar qualquer coisa. Eu não jejuo para fazer uma chantagem emocional com o meu Deus, mas para que a minha vida seja mortificada e eu tenha mais sensibilidade à voz do Espírito na minha vida. Eu consagro cinco semanas de oração não porque Deus vai me olhar e me presentear com o que eu peço. Não! Nesse processo eu me aproximo mais de Deus, Ele se revela a mim e eu tenho satisfação nEle. Maria talvez tivesse descoberto isto mais cedo do que sua irmã, Marta. Tinha satisfação aos pés de Jesus. O que é que rouba a minha paz? O que me gera ansiedade? Marta estava extremamente ansiosa, não conseguia aquietar o seu coração. A revolta invade a vida de Marta e ao invés de esperar as coisas acontecerem, ou então conversar com Maria ao pé de ouvido, ela chega a Jesus e diz: você não vai fazer nada? Eu aqui me matando de trabalhar e ela aí, sentada? Jesus então responde: Marta, Marta você está preocupada com tantas coisas quando apenas uma é necessária. A vida nos consome. Estamos numa roda viva. Jesus sabe que se apenas lidarmos com as coisas urgentes da nossa vida, o discipulado não vai ser da forma com que tem que ser. Não seremos verdadeiros discípulos de Jesus. Precisamos parar para ouvi-lO falar.
Lições do nosso texto: Primeiro: precisamos organizar nossa vida e colocar isso diante de Deus, para que o mais importante e não urgente venha primeiro. Tudo que fazemos, é claro que precisa ser feito, mas o que é mais importante em relação à nossa vida eterna? O que a gente faz no dia-a-dia acaba roubando nossa paz, nos tornando ansiosos, porque antes de fazê-lo, não consagramos isso ao Senhor. Somos do tipo que fazem planos e depois pedem para Deus abençoar o plano. O certo é pedir que Deus nos dê os planos abençoados, os planos que Ele já tem para nós. Ele não é um assistente, mas é quem dirige nossas vidas. Maria percebeu e entendeu que isso só vinha através de uma vida de legitimo discipulado aos pés de Jesus. “Venham a mim todos os que estão casados e sobrecarregados e eu os aliviarei”. Maria sabia que todo seu medo e toda sua ansiedade precisavam ser colocados aos pés de Jesus.
Segundo: precisamos nos dirigir a Deus de maneira correta em meio às nossas crises e pressões. Não podemos olhar para Deus com o dedo em riste, perguntando: “Por que o Senhor deixou isto acontecer?” Precisamos aprender a falar com Deus sem arrogância. É isto que o texto está nos ensinando. Jesus queria que Marta tivesse a mesma atitude de Maria, que aprendesse antes para que não colhesse consequências ruins depois, que soubesse que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que O amam. E que Ele pode fazer infinitamente mais do que tudo que pedimos ou pensamos. Não podemos ter uma atitude religiosa apenas por rito! Jesus veio para que tivéssemos vida e vida em abundância! Vida com significado, vida feliz! Precisamos ter o coração aberto para correção de Deus. Precisamos ouvir a voz do Senhor – que às vezes vem através de um irmão, que diz certas verdades com amor “ágape”. Precisamos ser profetas do Senhor para corrigir e amar os que Deus colocou ao nosso redor. O que rouba a nossa paz? O que tem roubado a possibilidade de nos aquietar na presença de Deus? Deus procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade. Marta sabia, mas na hora de colocar em prática era complicado. Marta precisava aprender a estar aos pés de Jesus todos os dias e ter o vazio do seu coração preenchido com a única coisa que realmente pode preenchê-lo, Jesus.

Mensagem pregada pelo Pr. Oldrey no culto das mulheres da 1ª IPI de Maringá, 17/10/2012.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

A VIÚVA DE NAIM: RESTITUIÇÃO!

(Lucas 7:1-17) 

No texto imediatamente anterior ao da viúva de Naim, Lucas conta que havia um centurião romano muito estimado pelos judeus. Esse homem tinha um servo que amava muito e que estava doente. Por ser uma pessoa de fé e tendo ouvido falar dos milagres de Jesus, acreditava que, com apenas uma palavra do Senhor Jesus, seu servo podia ser curado. Esta atitude impressionou Jesus, pois nem mesmo em Israel tinha visto uma fé como a dele. E o servo foi curado. Tudo porque acreditava no poder e na autoridade de Jesus. Apesar de sempre andarem juntas, as palavras “poder” e “autoridade” são diferentes. Poder significa força; autoridade significa direito. Autoridade é aquilo que sobra quando o poder acaba. Jesus tem todo poder e toda autoridade na nossa vida. Voltando ao texto da viúva, essa não tinha qualquer perspectiva de recompor sua estrutura familiar, uma vez que era viúva e tinha perdido o seu único filho. Sofria muito naquele instante em que encontrou Jesus, pois estava indo sepultar seu único filho, que era ainda um jovem. Mas quando encontra Jesus, Ele lhe restitui a vida, porque somente Ele tem poder e autoridade para isto, conforme veremos:
1. Jesus restitui as emoções. Após curar o servo, Jesus foi para Naim, sendo seguido por uma multidão. Ao entrar na cidade encontra outra multidão que acompanhava o enterro do jovem. A autoridade de Jesus estava tão evidente, que tudo que Ele fez em relação à viúva foi no sentido de mostrar a autoridade que tem na sua vida – e também na nossa. Jesus se aproximou da mulher que chorava muito e a primeira coisa que ele fala é: “não chore!” Jesus ainda não havia prometido nada para ela, nem mesmo garantido qualquer solução para o seu problema. Mas, no espírito do texto anterior, em que a autoridade de Jesus foi revelada, aprendemos que esse “não chore” significa que Ele tem autoridade sobre os sentimentos daquela mulher. Por Jesus, nós não paramos de chorar porque a situação foi resolvida e tudo deu certo, mas porque Ele tem autoridade sobre os nossos sentimentos. Quando Jesus diz para aquela mulher “não chore”, Ele quer dizer “primeiro eu vou curar o seu coração, levar você a submeter os seus sentimentos à minha autoridade e depois vamos ver o que acontece”. Há, aqui, um princípio espiritual por trás desse “não chore”, que é o principio da alegria bíblica. A alegria bíblica tem uma característica diferente da alegria que a gente conhece no mundo em que vive. A alegria no mundo é um sentimento que resulta de algo favorável: seu filho passou no vestibular, por exemplo. A alegria na Bíblia não tem nada a ver com essa alegria, pode até incluí-la. A alegria na Bíblia “é a nossa força”. Quando é que precisamos de força? Depois que tudo se resolveu ou durante a batalha? A alegria do Senhor vem em nosso coração no processo, independentemente de sabermos se o resultado vai ser favorável ou não. É uma experiência do caminho e não da chegada. Tem a ver com quem Deus é e o que Ele faz na nossa vida. Na vida temos muitos motivos de tristeza. Mas se a alegria do Senhor é a nossa força, eu me alegro até diante dos motivos de tristeza, não porque eles não são importantes mas porque eu sei que Deus é comigo nesse momento. A minha alegria é um descanso em Deus diante da Sua fidelidade. Eu sei que Ele vai cuidar de mim, porque tem autoridade sobre a minha dor, sobre os meus sentimentos e para me dizer “não chore” ainda que tudo o que eu tenha para fazer nesse instante seja chorar. Esta autoridade de Jesus, quando reconhecida, nos restitui alegria, vida e paz. No mundo evangélico de hoje falamos em restituição quase como se tivéssemos autoridade e Jesus fosse sujeito a ela: “Senhor, EU QUERO que o Senhor me restitua!!!”  Precisamos voltar para o ponto original. Ele tem autoridade e eu me submeto à Sua autoridade e, como resultado, experimento a restituição do meu coração e da minha alegria.
2. Jesus restitui sonhos. O judaísmo tinha uma estranha cartilha para tratar certas coisas: as pessoas não podiam tocar nas urnas funerárias, por exemplo, porque ficariam impuras. Mas Jesus, depois de mandar a mulher parar de chorar, tocou no esquife e todos ficaram perplexos. Por que Jesus tocou a urna? Ele fez isso para que soubessem da Sua autoridade para fazer isso. E não só isso: em seguida olhou para o jovem morto e ordenou: “levante-se”. O rapaz sentou e começou a falar. Foi ressuscitado e restituído à sua mãe. A autoridade de Jesus de dar ordens na nossa vida nos mostra que não é uma questão de religião, mas de submissão à Sua vontade. Submetamo-nos à autoridade de Jesus e Ele nos restitui vida. Para a mulher que estava morrendo junto com o seu filho, Jesus restituiu todo um novo projeto de família. Talvez você já tenha perdido alguém na sua vida. Que sonhos você enterrou junto com essa pessoa? Sua vida não acabou. Submeta-se à autoridade de Jesus e Ele restituirá a sua vida e os seus sonhos.
3. Jesus restitui a fé. O texto fala do encontro de duas multidões: uma que vinha com Jesus e outra que saia de Naim com o enterro. Os que seguiam o féretro não acompanhavam o ministério de Jesus e, quando viram a ressurreição do jovem, começaram a gritar, a glorificaram a Deus, dizendo: “um grande profeta se levantou no meio de nós e Deus interveio no meio do seu povo”. Realmente, desde Malaquias, havia mais de 400 anos, nenhum profeta havia se levantado em Israel e ninguém tinha visto um profeta, ao ponde de dizerem que Deus não falava mais com eles. Sabendo que Jesus era mais que um profeta, alegraram-se por Deus estar intervindo em seu meio, reconhecendo a autoridade de Jesus como Deus. A fé lhes foi restituída, porque quando reconhecemos a autoridade de Jesus, a fé que estava apagada e enfraquecida pelas perdas e decepções nos é restituída. Talvez você tenha vindo aqui hoje com sua fé pequena, seu coração fechado, sem conseguir descansar. Submeta-se a autoridade do Senhor, renda-se a Ele e sua fé será restituída quando você menos esperar, na plenitude das forças do seu coração.

Mensagem pregada pelo Pr. Marelo Gomes no culto das mulheres da 1ª IPI - Maringá, dia 26/09/2012.

A MULHER ADÚLTERA: O JOGO DOS SETE ERROS!

(João 8:1-11)

Sobre a mulher adultera, texto muito conhecido pela frase que o popularizou: “quem não tem pecado que atire a primeira pedra”. Nele existem uma sucessão de erros e equívocos que, só Jesus para consertar. São sete erros apontados pelo texto que nós, em tese, não deveríamos cometer. Uma vez cometendo-os, precisamos da ajuda do Senhor para seguir em frente:
1. Estragar momentos especiais com coisas que não valem a pena. Temos uma necessidade de mostrar ao outro que ele errou conosco e, momentos que poderiam ser lindíssimos, viram intensificações do problema que já estava criado. Ninguém resolve nada, as ofensas só se agravam e os corações só ficam mais machucados. O texto começa dizendo que Jesus apareceu no templo e começou a ensinar ao povo que estava reunido ao Seu redor. Olha que coisa linda! Mas os religiosos estragaram esse momento de ensino para expor, de forma maldosa, maligna e diabólica, a vida de uma mulher. O primeiro erro; nossa incapacidade de celebrar bons momentos, de receber dEle instrução e ministração. Às vezes Deus está falando coisas tão lindas e nós fechamos nosso coração para pensar nas nossas culpas, pensar em alguém que nos feriu... E sentimentos ruins nascem dentro de nós. Às vezes um louvor está sendo tocado e, em vez de pensar em como é bom adorar a Deus, pensamos em falar algo para humilhar alguém. Tudo isto porque temos grande dificuldade de celebrar boas coisas e, fazemos dos bons momentos, oportunidades para lavarmos roupas sujas. Isso acontece muito na amizade, na família.
2. Nossa capacidades de nos submetermos às relações indignas. O adultério acontece quando permitimos que pessoas entrem na nossa vida pela porta dos fundos. Nossa geração trata relacionamentos como algo descartável, tipo garrafa pet, usa e joga fora. Não sabem que pessoas entram na vida pela porta da frente, porque, quem entra pela porta dos fundos, não entra para ficar. Quem entra pela porta dos fundos, entra para sair rápido. Por exemplo, é o moço que vai trocar uma mangueira, consertar fios elétricos. A visita que é bem vinda entra pela porta da frente. Essa mulher talvez tivesse tido motivos, uma infelicidade afetiva ou seduzida por alguém que lhe fez promessas de amor. Às vezes acreditamos em algumas promessas não porque são coerentes e reais, mas porque temos necessidades de acreditar no que nos é oferecido. Aceitamos qualquer coisa porque não sentimos que Deus possa fazer as coisas na nossa vida do jeito certo, não acreditamos que Deus pode restaurar um casamento que está mal. Mulheres infelizes numa primeira situação nivelam a vida por baixo e submetem-se a qualquer cretino que aparece. Sentem-se impedidas de viver o “novo” de Deus, mendigam amor de quem oferece uma migalha de carinho. Não sabem viver como uma filha querida do Pai celestial!
3. Nossa capacidade de tirar o corpo fora. Para os fariseus, a lei previa apedrejamento para quem fosse pego em flagrante adultério. Ora, ninguém é pego em flagrante adultério sozinho e, portanto, homens e mulheres adúlteros deveriam ser apedrejados, juntamente. Então, alguém tirou o corpo fora aqui. Cadê esse homem, cheio de amor que desapareceu deixando essa mulher a ponto de ser apedrejada? É que, na hora do “vamos ver”, temos uma tendência enorme de desaparecer. Há momentos na vida em que não existe ninguém para nos ajudar, nem mesmo aquele de quem você mais esperaria. Aí vem a decepção, porque criamos expectativa. Até nossas crianças são bombardeadas com um tipo de vida que nunca vão ter, quando lhes são ensinadas que no final tudo vai dar certo. A ajuda da mulher deveria ter vindo de um homem que assumisse as suas ações. Jamais viria desses religiosos com sede de sangue. A sua ajuda viria do Senhor Jesus e nem ela sabia. Ainda que você esteja sozinha enfrentando os seus problemas, você tem que saber que Jesus pode ajudar você.
4. Usar um problema para resolver outro. Somos especialistas em usar assuntos vencidos para tentar resolver assuntos presentes. Os fariseus querem acabar com o ministério de Jesus e usam a mulher como pretexto. O problema que a pessoa apresenta nem sempre é o que ela traz, às vezes é só uma maquiagem. Perdemos a capacidade de ser francos. Pessoas montam uma religião, não para servir a Deus, ajudar alguém, mas para servir ao seu bolso, ficar rico. É preciso colocar as motivações do nosso coração na presença de Deus, porque às vezes até a espiritualidade é usada para mascarar outras coisas.
5. Tentar forçar soluções: Quando os fariseus perguntam se podem apedrejá-la, já estavam com pedras nas mãos. E Jesus vai escrever na areia, tipo “não estou nem aí”. Isto, na fé, é de extrema importância: Deus responde na hora dEle. Quem define o tempo da resposta de oração é quem responde, e não quem pede. Quem pede sempre quer para ontem, porque somos de uma geração impaciente, perdemos a capacidade de curtir os momentos. Mas a Bíblia ensina: Esperei com paciência no Senhor e Ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei”; “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle e o mais Ele fará”; “Deleita-te no Senhor e Ele concederá o que deseja o teu coração”; “Lance sobre Ele toda ansiedade, porque Ele tem cuidado de você”. São inúmeros os textos que dizem que o tempo não é o nosso, mas o de Deus. Rendamos-lhe o coração porque que Ele tem o melhor para nós e tudo vai acontecer de acordo com a Sua vontade.
6. Olhar para os outros e não olhar para si mesmo. Jesus escreve na areia e o povo insiste na resposta. Então Ele se levanta e diz: “quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra”. E voltou a escrever na areia. Essa mulher merece apedrejamento, mas o agente não pode estar na mesma condição dela. Se alguém tivesse atirado uma pedra, essa pessoa deveria ir do lado dela para também ser apedrejado, porque estaria dizendo que “não tinha nenhum pecado” e isto é uma heresia. Todos deixaram suas pedras e foram embora. Julgamos o outro até olharmos para nós mesmos, porque quando olhamos para nós mesmos, descobrimos que a mesma misericórdia que precisamos dar ao outro é aquela que precisamos todos os dias. 
7. Continuar cometendo os mesmos erros. O texto termina dizendo: “vá e abandone o pecado”. Mulher, você escapou, mas mude de vida. Use essa experiência pra crescer, seja uma pessoa melhor, não volte para o lugar de onde você veio. Minha oração hoje é para que aprendamos o que Deus quer de nós. Começar de novo é levantar depois da queda e aprender a desviar dos motivos de tropeço. Tomar as mãos do Senhor e deixá-lo nos conduzir.

Mensagem pregada pelo Pr. Marcelo Gomes no culto das mulheres da 1ª IPI - Maringá, dia 03/10/2012.

A MULHER QUE TOCOU AS VESTES DE JESUS

(Marcos 5: 24-34)

O texto fala sobre uma mulher hemorrágica que tocou as vestes de Jesus para ser curada. Ela foi uma mulher de muita fé e ousadia, características que a distinguiram dentre as mulheres da sua época. Este é um texto muito conhecido e já deve ter estimulado a nossa fé em algum momento. Com ela aprendemos alguns princípios sobre a fé:
1. Sua fé foi colocada na Pessoa certa. Charles Spurgeon disse, num dos seus livros, que não é uma grande fé que salva, mas uma fé verdadeira colocada na pessoa certa. Vivemos numa sociedade bastante crédula; as pessoas crêem em tudo. Todavia, nem sempre canalizamos nossa fé na direção correta. Pessoas confiam em tudo que lhes é “recomendado”: acreditam em pedras, em plantas, em números que lhes garantam propostas positivas. Um fenômeno comum que vemos é a inter-religiosidade, quando a pessoa administra em seu coração várias confissões religiosas distintas, que embora sejam conflitantes do ponto de vista doutrinário, para a pessoa que nelas crê está tudo bem. Quando você crê em alguém, você se entrega e confia nessa pessoa. Contudo, à medida que essa pessoa desaponta, a sua fé desmorona junto. Aí você sofre e passa a não acreditar em mais nada e ninguém. O problema não é se você voltará a ter fé ou não. A pergunta é se você redicionará a fé para o lugar correto. Essa mulher sofria há 12 anos com fluxo de sangue e já havia gasto toda as suas riquezas com médicos sem nada conseguir. Onde se dizia que havia uma solução para seu problema, ela ia atrás e bancava o que fosse preciso, sem chegar a lugar algum. Até que ela colocou sua fé na Pessoa certa.  Jesus age como quer, quando quer, onde quer e o quanto quer. Uma vez curou um cego em duas etapas. Às vezes pensamos que Jesus age apenas em determinados lugares, na igreja, por exemplo. Mas por que Ele não agiria dentro da sua casa? Ele nem sempre faz uma cura imediata. Você quer uma cura instantânea para o seu casamento? Ele pode usar a forma que quiser e fazer essa cura paulatinamente. Nós é que queremos solução completa e imediata para nossos problemas. Mas depois que Ele age, nossa vida muda por completo. Você pode perguntar: mas e o compromisso de oração, eu oro e não acontece nada? Compromisso de oração é uma benção se você entender que está orando a Jesus. Se você acha que é uma mística do lugar e das pessoas, não vai dar certo. É Jesus! Toda glória para Ele.
2. Sua fé foi acompanhada de decisões corajosas. Às vezes confundimos fé com acomodação: entregamos para Deus, mas não fazemos aquilo que precisamos fazer. Queremos a restauração do nosso casamento, mas não queremos perdoar. Queremos ter vida financeira mais abastada, mas não queremos contribuir e nem usar recursos à luz da Palavra. Queremos ter saúde, mas não queremos abrir o coração para uma cura emocional que Deus pode operar. Aí, jogamos nas mãos de Deus: “Senhor resolve”. E não damos passos no sentido de colocar a vida e a casa em ordem. O texto diz três coisas importantes: a) A mulher ouviu falar de Jesus e o procurou. A fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Deus. A palavra vai produzir fé; b) Ela aplicou o que ouviu na prática. Passou a dizer para si mesma: se eu tão somente tocar as suas vestes ficarei curada; c) Quando decidiu tocar as vestes de Jesus o fez com ousadia e coragem, porque, por estar com sangramento, não podia nem mesmo estar num lugar onde outras pessoas estavam. De acordo com a religiosidade da época, ela era considerada impura, tinha que ser tirada do arraial, só voltando depois de estancado o sangramento. Se alguém descobrisse que ela estava ali, impura, podia ser até apedrejada. Do que você tem medo quando você vai buscar a Deus? Quais são os obstáculos você tem enfrentado e a têm vencido nessa busca? Essa mulher tinha vários obstáculos, mas foi superando cada um deles e tocou nas vestes de Jesus. O que nos impede que levantemos todos os dias e oremos consistentemente ajoelhados ao lado da nossa cama? Não é obrigado orar ajoelhado, mas... é! Oração tem a ver com entrega, contrição, com profunda convicção da presença do poder de Deus. Posso orar em qualquer momento do dia a dia, mas não apenas assim. É como no casamento, se as conversas são apenas de passagem, sem diálogo profundo, isso vai dar certo? Diálogo é tempo de qualidade, onde a gente fala, mas também ouve. Então, quando oro preciso me ajoelhar, porque estou falando com o Rei e preciso calar um pouco. Dirigindo, xingando o motorista vizinho, eu não consigo fazer isso. O que está atrapalhando de termos vida consistente de oração?
3. Sua fé foi transformada em testemunho abençoador.  Quando ela tocou a veste de Jesus, dEle saiu poder. Interessante que ela estava vazando sangue e quando toca em Jesus, dEle vazou poder. O vazamento do poder dEle estanca o vazamento do sangue dela, como se, naquele instante tivesse havido uma troca. Acontece uma troca como em Mateus, quando Jesus diz: “tomem o meu jugo, vocês passam o jugo de vocês que é pesado e eu lhes dou o meu que é leve”. É curioso, incontinente e forte. Quando Jesus toca em nós, vamos tendo mais dEle e Ele vai tendo mais de nós. Nossa vida fica leve e começa a ter outro brilho. Vários textos na Bíblia dizem que Jesus sabe tudo o que vai no nosso coração antes mesmo de dizermos. Jesus já sabia quem tinha tocado nEle e mesmo assim pergunta quem o tinha tocado, parecendo que queria expor a mulher. Onde Jesus queria chegar? No Antigo Testamento alguém impuro não poderia nem encostar em outra pessoa, porque esta ficaria igualmente impura. Se fosse você, teria coragem de se manifestar? Se ela tivesse saído dali do jeito que chegou, o milagre teria acontecido do mesmo jeito. Todavia, hoje não estaríamos falando sobre isso. Mas quando a mulher se manifesta e diz tudo que aconteceu, todos puderam glorificar Deus pelo modo como Jesus agiu na vida dela. “Agora sim você pode ir em paz, a sua fé te curou”. Você quer a solução de Deus para o seu problema, para você ficar sem ele ou pra você testemunhar a respeito do Seu poder e glória? Qualquer pessoa dirá que é a segunda questão. Mas Deus conhece o seu coração e também se lembra do último milagre que você recebeu...

Mensagem pregada pelo Pr. Marcelo Gomes no culto das mulheres da 1ª IPI - Maringá, dia 10/10/2012.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A SOGRA DE PEDRO: UMA EXPERIÊNCIA SIMPLES, MAS TRANSFORMADORA, COM JESUS!

(Marcos 1:21-34)

O texto fala da cura da sogra de Pedro, uma mulher que estava com febre e acamada, passando muito mal. Com essa leitura podemos aprender as seguintes lições:
Primeiro: ela tinha um problema grave. Ela estava acamada e tinha febre. Naquela época não havia antibióticos e nem antiinflamatórios, ter febre era um indicativo muito grave, talvez até que a pessoa pudesse morrer. A enfermidade é sempre difícil, porque fala da nossa exposição aos riscos que a vida apresenta. Além da febre, ela estava acamada. A mulher, geralmente, é muito resistente, enfrenta com coragem as enfermidades e não é comum vê-la deitada numa cama, só quando ela já não agüenta mais. O homem é mais frágil, por qualquer coisa fica “de molho”. Pelo texto percebemos que as pessoas que conviviam com ela estavam preocupadas com sua doença. Isto percebemos quando Pedro e seus amigos falaram com Jesus a respeito dela. Se não estivessem preocupados talvez tivessem poupado Jesus, que estava tão envolvido e ocupado no Seu ministério. Uma coisa é você ter uma visão a respeito da sua situação. Outra coisa é quanto todo mundo começa a se preocupar. Falar com Jesus mostra que a luta dessa mulher não era tão simples. O fato de Jesus ter atendido ao pedido reforça ainda mais a idéia que não estamos falando de alguém com uma enfermidade corriqueira e banal. Podemos comparar esse problema dela com um problema de perigo que temos hoje. Qualquer problema grave nosso pode ser comparado ao dela, uma vez que ela estava em risco e podia morrer em qualquer momento.
Segundo: ela tinha um problema pelo qual ela não tinha mais condições de lutar. A nossa relação com os problemas que nos roubam as forças tem a ver com o modo com que ele atua na nossa vida. E a febre que ela tinha atuava na vida dela no sentido de exauri-la, de roubar-lhe as forças, de prostrá-la. Existem problemas graves que nos encontram fortalecidos e capazes de lidar com eles de forma impetuosa, concentrada. Mas têm outros que, quando nos encontram, nos deixam prostrados, sem ânimo. Não bastasse sua gravidade, as forças que precisaríamos para enfrentá-lo não estão presentes. Sabe aquela luta em que você não sabe mais dizer se está doendo ou se está cansando? Você não chora de tristeza, mas de esgotamento. Às vezes você não tem mais nem lágrimas. São esses problemas que nos colocam de cama. O texto diz: “eles falaram com Jesus a respeito dela”. Não falaram com ela a respeito de Jesus. Essa mulher talvez não tivesse nem em condições de ouvir uma palavra de fé, de ser ministrada. Há enfermidades que, no começo, geram um desejo de lutar, mas no final geram um desejo de morrer. Nós não temos uma descrição tão profunda, mas talvez essa mulher quisesse morrer. Sabe aqueles problemas em que ou a gente abraça a Deus ou fica sem nada? Talvez ela estivesse assim... Só pela misericórdia de Deus!
Terceiro: sempre tem Jesus na história. Existem momentos na vida em que só Jesus pode fazer algo por nossos problemas. E a melhor noticia a se apegar é que Ele tem todo interesse em nos ajudar. Ele, que estava lidando com endemoniados, leprosos e cegos, entra na casa de Pedro, vai até ela e lá acontecem três feitos que vamos compartilhar.
A) Aproximação dEle. Deus não olha você de longe, não a vê de canto de olho, mas olha diretamente para o seu coração. Mesmo quando não sobra ninguém, quando ninguém mais a pode ajudar, Ele está perto. Às vezes você não sente, mas crê nisto: Jesus está perto. E Sua presença faz toda diferença. Mesmo que você se sinta sozinha, desamparada e desprotegida, Jesus está com você.  Ele conhece e sabe pelo que você está passando. Se você não foi curada é porque não chegou a hora ainda.
B) Pega na mão e, acima de tudo, solidariza-se com ela. Tomar pela mão significa que aquela mulher não é mais uma estranha, não é mais alguém só. Está tomando a sua mão porque a sua febre agora está sendo sentida por Ele. Jesus não está presente só para chorar a nossa tragédia: Ele tem poder para resolver os nossos problemas. Um toque de Jesus pode mudar a sua vida, minha irmã. E quando o texto diz que “Ele ajudou-a a se levantar”, vemos aí um sentido duplo: uma coisa é eu levantar você, outra coisa é eu “ajudar” você a se levantar. De um lado Ele fez força para que ela se pusesse em pé, mas de outro, ela colaborou. A aproximação e o toque de Jesus a encheram de fé e coragem. Seria muito bom se hoje você sentisse que Jesus a ajuda a se levantar e que você também fizesse força para ficar em pé, num movimento de mão dupla.
C) Essa mulher se torna útil para Jesus. A febre a deixou e ela passou a servir. Vamos fazer uma pergunta, ainda que seja apenas especulativa: em nome do que Deus resolveria o seu problema hoje? Não acho que Deus faça este raciocínio, pensando no que Ele “ganha” quando resolve um problema nosso. Esta é apenas uma forma que estamos usando para pensar. O que isto vai significar em termos de mudanças em nossa vida, de nova postura? Será que vai apenas significar um problema a menos? Essa mulher percebeu que estar bem é estar à disposição. Do que o seu problema está roubando você, exatamente? Você tem uma vida desonesta e, por estar acamada, não está conseguindo seu intento? Ou a sua enfermidade está te impedindo de evangelizar, de ser uma intercessora, uma serva na obra de Deus? Se você não estivesse com esta enfermidade, para onde você estaria canalizando as suas energias? Em nome do que Deus resolveria o seu problema hoje? Para te usar onde? Isso faz toda a diferença no modo com que Deus trata as nossas questões. Não que Deus tenha interesse, pensando “o que é que eu ganho com isso?”. A mulher levantou e passou a servir. Passou a ser benção e isto faz toda diferença.

Mensagem do Pr. Marcelo Gomes no culto das mulheres da 1ª IPI de Maringá. 09/2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

MULHER VIRTUOSA, MULHER POSSÍVEL!

(Provérbios 31:10-31)

O texto nos fala da mulher virtuosa, que por muito tempo foi alvo, modelo, expectativa, mas por outro lado, frustração, um mito, uma mulher que não existia porque ninguém era capaz de viver dessa forma tão plena como o texto faz parecer que essa mulher era capaz. E as opiniões divididas nos impediram de enxergar o “que” ela estava propondo porque, afinal, é uma mulher que teme ao Senhor. Essa idéia aparece depois de uma frase muito forte: “Enganosa é a beleza e vã a formosura” – verso 30. A idéia de engano e de vacuidade da beleza e da formosura tem a ver com o fato de que isso passa. Por mais bela que uma pessoa seja, um dia ela não será tão bela e formosa. Isso é provisório e passageiro. Toda aparência passa por mutação. Têm coisas na vida que a gente não devia se apegar, porque são passageiras. Assim é a beleza. Têm coisas que são valores e têm coisas que são ilusão. Coisas que não valem o esforço, desmoronam como um castelo na areia. Têm coisas na vida que são fundamentais. Essa mulher é uma mulher que teme ao Senhor e reivindica para si muito mais uma vida de temor do que uma vida de cuidados. Está mais preocupada em ser mulher de Deus, do que ser mulher. Esta mulher pode ser qualquer uma de vocês. A maior virtude é saber discernir o que vale e o que não vale, o que é bom e o que não é. Essa mulher é elogiada porque entendeu que vã é a beleza e ilusória a formosura, mas a mulher que teme a Deus, essa será elogiada.
Nossa sociedade vive da necessidade de impactar, de encantar de imediato. Tem uma frase muito comum “A primeira impressão é a que fica”. Não é assim. Às vezes conhecemos alguém que, num primeiro momento nos parece antipática, mas depois mudamos de idéia, pois a pessoa é apenas tímida. A gente se engana. A idéia de que pessoas não mudam, de que as coisas não mudam, não é verdade porque o nosso Deus é Aquele que transforma maldição em bênçãos, que faz novas todas as coisas. Ele não nos permite dizer que a primeira impressão é a que fica. Ele pode mudar qualquer circunstância, qualquer coração, qualquer relacionamento. Nossa sociedade esquece de que “quem vê cara não vê coração”. É comum você conhecer uma pessoa muito bonita que fica feia no instante seguinte, quando o coração dela vem à tona, quando os conteúdos internos começam a surgir, quando a falta de Deus fica evidente. Essa mulher decidiu investir no coração e não na estética. Ela se veste bem, sua família está em ordem, e tudo é conseqüência do que vai dentro dela. Ela gosta do que é bonito, mas gosta mais do que é invisível. O atributo primeiro de Deus é a sua invisibilidade. Deus é invisível, mas visitou a humanidade através de Seu Filho. Para vermos Deus é só olhar para Jesus, que no-lo revelou. Para vermos a Deus a Trindade tem que se materializar. E a Trindade está toda no Filho. Aprouve ao Pai fazer com que residisse nEle toda plenitude de Deus. Jesus é Deus encarnado. Numa sociedade visual a gente quer ver Deus, mas quando olha para Jesus, não vê o Deus forte, majestoso, deslumbrante que os judeus esperavam (Isaías 53), porque Ele era simples e sem nenhuma formosura. Essa mulher decidiu que quer brilhar com a luz que vem de Deus, quer ser vista como alguém que teme a Deus, porque o que está “dentro” é fundamental. Os desdobramentos disso na vida dessa mulher são:

1. Abençoadora. Ela faz o bem todos os dias da sua vida. Porque decidiu temer ao Senhor, não espera nada em troca. Quando ouço pessoas dizendo “já fiz muito pelo outros, agora decidi pensar em mim” sinto uma grande tristeza. Mas dizem isso porque não estão vendo o cuidado de Deus e todo amor que Ele tem dado a elas! Jesus disse: “quem beber da água que Eu lhe der não terá sede, porque do seu interior fluirão rios”. Você bebe da água que Deus dá e não precisa mais de água! Porque a água flui e você vira uma fonte de água.

2. Trabalhadora, não come o pão da preguiça – verso 27. Quando o valor está dentro, a vida se expressa em produção. Essa mulher trabalha porque, com o trabalho, ela transforma o mundo. Ed Rene Kivitz disse que “Trabalhar é cooperar com Deus, para por ordem no caos”. Por isso que Jesus disse: “Meu Pai trabalha até hoje e eu trabalho também”. Na fé o seu trabalho é espiritual. Quem você “é” está em ação quando você trabalha. E Deus usa você onde quer que você trabalhe para ajudá-lo a por ordem no caos.

3. Sábia.Ela abre a boca com sabedoria”, diz o verso 26. Seu coração está cheio de Deus e a boca fala do que o coração está cheio. É sabia por que está cheia de Deus. E sempre tem uma palavra de direção, de ânimo.

4. Solidária. Ela estende as mãos aos pobres – verso 20. Quem está cheio de Deus já tem o que precisa e pode ajudar àqueles que não têm. Esta é uma marca que a nossa geração perdeu. Nós somos cumulativos: como ajudar se precisamos “cada vez mais”? Essa mulher só é virtuosa porque teme a deus. Não é uma modelo de prática, mas um modelo de fé. Não é um ideal de mulher, mas uma mulher comum nas mãos de um Deus único. Ela pode ser você.

Mensagem do Pr. Marcelo Gomes no culto das mulheres da 1ª IPI de Maringá no dia 29/08/2012.

ESTER: UMA MULHER DE DESTAQUE

(Ester 2:1-9)

Ester tinha sido levada para a Pérsia junto com alguns judeus. À época reinava na Pérsia e dominava o mundo, o poderoso rei Xerxes. Um dia ele fez uma grande festa para mostrar a grandeza do seu reino. Tinha ele muitas concubinas,mas de quem ele mais gostava era a rainha Vasti. No final da festa, mandou que ela viesse e dançasse para os seus convidados. Ela recusou sua ordem e então ele resolveu escolher outra rainha dentre as virgens da região. As moças somente seriam apresentadas ao rei depois de passarem por um tratamento de beleza, tendo elas o direito de usarem qualquer tipo de jóias e bijuterias para ficarem bem lindas. Ester era uma dessas moças. Só que ela, ao se apresentar ao rei não fez uso de nenhum adorno, apenas se vestiu e arrumou seu cabelo, apresentando-se com simplicidade, como de fato ela era. Ester conquistou a simpatia e o coração do rei e foi eleita, pois nela havia algo de especial. Com ela aprendemos algumas lições que nos ensinam a ser uma mulher de destaque, uma mulher que conquista com simplicidade.

Ester causou boa impressão – era atraente, apesar de simples. Na sociedade em que vivemos as mulheres têm sido cada vez mais cobradas para serem atraentes fisicamente. Ester fugiu deste padrão. Lógico que queria causar uma boa impressão ao rei. Mas ela se mostrou atraente sem ter se vestido com tecidos finos como as demais, sem ter se pintado e enfeitado como as demais. Ser atraente significa muito mais do que chamar a atenção das pessoas. O que conquistou e cativou o rei foi sua simplicidade. Diz um ditado popular que, por trás de um grande homem sempre tem uma grande mulher. Existem mulheres que querem estar à frente do homem. Um homem só é grande quando existe uma grande mulher dentro do seu coração. Vocês devem se cuidar, mas antes de estarem nos olhos dos seus maridos, estejam dentro do coração deles. Ser atraente é ser bonita de dentro para fora. A preocupação de hoje é inversa, pois coloca a beleza externa antes da beleza interna. Por fora bela viola por dentro pão bolorento. Isso reflete o que muitos tentam passar para os outros, aparentando beleza, caráter, dignidade que não têm. Prov. 15:13 bem diz que o coração alegre aformoseia o rosto. Quando seu coração, seu interior está bem, a sua estética fica bem. Como está o seu coração? Suas emoções? Seus sonhos, seus projetos? Suas alegrias? Suas dores? Ser atraente é ser bonita de dentro para fora. Ser atraente é ser sábia. A Bíblia diz que a mulher sabia edifica sua casa, mas a tola a destrói com as próprias mãos. O pastor Marcelo escreveu no livro “Sabedoria para viver e ser feliz” que cada um de nós tem que definir quem é para os outros. Nós lutamos entre a reputação e a fama. O que é melhor ter, glória ou credibilidade? Quantas mulheres hoje não conseguem ter sabedoria para resolver os problemas familiares? A falta de sabedoria enfeia a mulher, traz tristeza e angústia no coração. A Bíblia também ensina que a boca fala daquilo que o coração está cheio. A gente pode até enganar alguém por algum tempo, mas nunca se vai enganar a todos o tempo todo. Em algum momento aquilo vem à tona e não adianta ter plástica, casa, carro, família e filhos bonitos. Nada disto adianta.

Ester era corajosa. Surge Hamã, o segundo homem depois do rei. Era tão famoso no palácio que, por onde passava os oficiais se dobravam diante dele. Com exceção de Mardoqueu, primo de Ester. Hamã ficou sabendo que ele não se dobrava porque era judeu e só se dobraria diante do Deus dele. Aí Hamã resolveu matá-lo e também a todos os judeus, julgando que os demais judeus que soubessem disso, também não se dobrariam diante dele. Mas havia um detalhe: Ester era judia. Hamã decretou que todos os judeus seriam mortos porque Mardoqueu não se dobrava diante dele. Houve um grande clamor. Quando Ester ficou sabendo, como ela não podia chegar ao rei sem ter sido chamada por ele, mandou que Mardoqueu e todos os judeus jejuassem por três dias e depois ela falaria com o rei, mesmo sendo contra a lei. Para ajudar o seu povo, ela não importava se morresse ou não. Você quer se destacar? Seja corajosa, faça o impossível, tenha coragem e tome uma atitude. Ser corajosa é mostrar a sua identidade, mostrar quem de fato você é, sua personalidade. A raiz da palavra personalidade é “persona”, que significa máscara. Qual é sua máscara? O que está dentro de você? Uma mulher de destaque diz quem ela é. Avança, luta, não desiste.

Ester foi até o rei depois da oração e do jejum e este disse que faria tudo que ela quisesse, mesmo que pedisse a metade do seu reino. Tudo porque ela era corajosa. Ela quis um banquete, tendo Hamã como convidado especial. Na hora do banquete, ela se levantou e disse quem era o verdadeiro Hamã e o que ele tinha feito. Sabem o que fez o rei? Leiam o livro de Ester e saberão o que aconteceu. Você quer ser uma mulher de destaque na sua família, no seu trabalho? Quer ser alguém que faça diferença? Vasti deixou rastro. Ester deixou pegadas.

Mensagem do Pr. Natinha no culto das mulheres da 1ª IPI Maringá no dia 22/08/2012.

sábado, 8 de setembro de 2012

A ESCRAVA DE NAAMÃ: EXEMPLO DE VERDADEIRA LIBERDADE!

(II Reis 5:1-6)

É interessante como não é preciso muito para você fazer história. A gente sempre pensa em relevância, influencia, importância a partir de critérios como recurso, poder e coisas desse tipo. Eu não sou ninguém, quem é que vai me ouvir? O que eu posso fazer? É a ideia de que para ser, é preciso ter. Nós temos aprendido na Palavra que esta não é uma verdade, pelo menos do ponto de vista de Deus. Qualquer um de nós aqui pode ser, e de fato é, sobretudo quando Deus faz parte da nossa vida. E essa história que nós lemos na Bíblia, de uma menina que não tinha nada, pode edificar o nosso coração hoje e, quem sabe, mudar nossa história. Ela foi trabalhar na casa de um comandante de exercito da Síria, chamado Naamã. A Síria era um território vizinho de Israel, que por vezes invadia e entrava em conflito com algumas tribos de Israel. E, nessas incursões, cativos eram levados para trabalharem como escravos, principalmente nas casas e obras de construção. Entre esses, estava essa menina sobre a qual lemos. Tinha, provavelmente, em torno de 10 ou 12 anos de idade. Foi tirada da sua família, do contexto onde foi criada, para trabalhar como escrava numa terra estranha, na casa de um sujeito que era considerado o maioral dos exércitos sírios. A Síria era poderosa, mas poderoso mesmo era Naamã. Qualquer um diria que Naamã é o bom e a menina, a coitada dessa historia. Mas a Bíblia tem essa capacidade de olhar a vida por outro ângulo e encontrar fraqueza onde a gente só vê força e encontrar força onde a gente só vê fraqueza. E ela mostra a fraqueza de Naamã, que era todo poderoso, mas não passava de um sujeito comum, que ficou leproso. A lepra, nessa época, era uma doença que gerava o mais absoluto preconceito, a sensação de que aquela pessoa era esquecida de Deus, fadada à desgraça definitiva. Veja agora quem era leproso: Naamã! Não há lugar, por alto que seja, que seja seguro o suficiente de onde não possamos cair. Ser humano é ser suscetível. E o homem mais poderoso da Síria passou a ser o homem que tinha que esconder a sua enfermidade. Enfaixar-se, omitir-se das reuniões sociais, evitar solenidades, porque logo as pessoas descobririam que ele não passava de um leproso. Qual não era o sofrimento desse homem! Chega uma hora na vida que você daria tudo pra resolver um problema, para livrar-se de uma única dor. Passamos a vida inteira tentando construir alguma coisa, mas em dado momento, trocaríamos tudo para salvar um filho, um casamento ou a própria vida. Podemos imaginar Naamã como um homem que daria tudo para resolver o seu problema, mas a solução estava totalmente fora do seu alcance. Determinados problemas nos tornam irritadiços, independentemente do nosso temperamento ou da nossa personalidade. Os dias vão passando e aquela dor não passa, aquela situação não se resolve. E os nervos ficam à flor da pele. Tudo que a gente vê é o problema, a privação, o “stress”. E aí dá vontade de morrer. No mundo antigo, morrer numa batalha era digno, mas morrer de lepra era vexatório. E essa menina devia olhar para Naamã gritando, reclamando, nervoso, trocando ataduras, fazendo esforços para esconder a sua lepra... Não é tipo de vida que a gente leva, mas o tipo de coração que a gente tem que diz quem a gente é. Enquanto essa menina limpava aquela casa e via o seu senhor passando de um lado para outro, ela tinha pensamentos e sentimentos totalmente diferentes dos sentimentos e pensamentos que estavam nele. E ela era uma pessoa muito melhor do que ele. Escrava na casa dele, tirada do seu lar, da sua família, empobrecida pelos reveses de Israel, servindo ao todo poderoso de uma nação forte e gloriosa, era uma pessoa melhor do que ele. Ela tinha quatro características que queremos compartilhar:
1ª.  Era compassiva: o texto deixa evidente que o drama do seu senhor a sensibilizava. Ela não conseguia olhar pra ele e ter qualquer sentimento ruim. Em algum momento ela pensou que poderia ajudá-lo, dando informações que ele não tinha. Compaixão é isso. Compaixão é diferente de dó, de pena. Quando tenho pena de alguém, a dor dessa pessoa até me dói, mas a diferença é que eu tenho clareza da total distância que me separa dela. Geralmente as frases que acompanham a pena são: “A gente tem que dar graças a Deus pela vida que a gente leva! Graças a Deus que eu não estou no lugar dessa pessoa!” Por mais que me choque, tenho uma clareza que ele é ele e eu sou eu. Isso é diferente da compaixão. Na compaixão há uma dor, mas há também uma sensação de que o que aquela pessoa está sofrendo me diz respeito de alguma forma. Na compaixão sou eu no lugar dela. Jesus não tem dó. Ele se compadece de nós, porque a nossa dor é a dor dele. O nosso drama é o drama dEle. Na hora de resolver o nosso problema, Ele o assumiu nos seus ombros dele. E na hora de resolver o problema da nossa morte, ele morreu em nosso lugar. Essa é a diferença entre pena e compaixão. A menina é compassiva. Ela acompanha toda aquela cena diária e, se de um lado ela sofre, de outro ela fica pensando em como ajudar. E isso faz gente excelente, gente que cedo ou tarde vai fazer a diferença.
2ª. Era sem rancor: essa menina tinha tudo para ver esse homem passando e dizer: “Bem feito, miserável, desgraçado. Tirou-me da minha casa! Merece o sofrimento que tem, espero que morra de lepra!” Determinados vitimismos geram em nós sentimentos dos mais revoltosos. Só que a gente não percebe que toda forma de rancor é uma forma de autodestruição. Alguém já disse que a mágoa é um veneno que a gente toma esperando que o outro morra. Essa menina decidiu viver sem rancor, sem mágoa, livremente. Não era escrava coisa nenhuma, mas livre, porque a sua alma era livre. Naamã era escravo do seu corpo em degradação, de seu estado social, de toda pompa e circunstância que o rodeava. Essa menina podia olhar para ele livremente e pensar: “Esse homem precisa de ajuda. Seria tão bom se ele conhecesse Deus”.
3ª. Era generosa: ela não tem nada, mas o que ela tem, ela oferece. Essa menina olha para Naamã e diz: “Eu não tenho nada para dar para ele, mas eu tenho uma informação, eu sei de um profeta que pode ajudá-lo. Na verdade, se o meu senhor conhecesse o profeta que tem em Israel, ele seria curado”.
4ª. Era cheia de fé: “Se o meu senhor conhecesse o profeta que há em Samaria, ele ficaria curado”, é simples assim. Minha irmã, se você conhecesse o Deus que eu conheço, o seu casamento seria ótimo. Se você conhecesse o Deus que eu conheço, o seu filho estaria muito mais tranquilo. Você já percebeu que um pouco as nossas inúmeras justificativas vêm no sentido de deixar com aparência de complexo aquilo que alguém está tentando nos mostrar que é simples? Quando olhamos para o problema e olhamos para Deus, o nosso problema é pequeno. Sem complicações, simples assim! Naamã tinha tudo para não ouvir essa menina, mas ele acredita e ouve. Essa é a benção dos nossos problemas, eles nos ajudam a perceber que somos todos iguais. E que todo mundo pode ser benção na vida de todo mundo.

Texto com base na pregaçao do Pr. Marcelo Gomes da Primeira IPI Maringá no culto das mulheres do dia 08/08/2012.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A VIÚVA DO PROFETA – LIÇÕES SOBRE MILAGRES

(II Reis 4:1-7)

Um texto que fala de milagre, algo que todos nós desejamos e cujas lições precisam ser aprendidas para que ele não seja apenas a solução de problemas, mas seja uma transformação do nosso coração. Milagre é experiência com Deus e muda a vida do ser humano. Todos passam por crises, mesmo as pessoas mais dedicadas e fiéis a Deus passam por lutas e problemas, ter dificuldades que superam as suas possibilidades. É justamente nestes momentos difíceis que conseguimos enxergar o quanto o Senhor é por nós. A Bíblia nos ensina que o sofrimento torna nossa vida um receptáculo favorável ao milagre. É no sofrimento que experimentamos a mão do Deus nos socorrendo e fazendo infinitamente mais do que pensamos ou pedimos. Com o texto aprendemos algumas lições importantes:
1. O ambiente do milagre é a provação.  Antes de reclamar da provação, agradeça, pois ela é o preâmbulo do que certamente Deus está para fazer na sua vida. Essa mulher, que não ficou em condições muito favoráveis quando seu esposo morreu, fez o que a gente costuma fazer quando as coisas não vão bem: procurou ajuda. E ela procurou ajuda no ambiente que achou mais óbvio, o ambiente dos profetas, que era o ambiente do seu marido. Então, foi até Eliseu.
2. A melhor ajuda que podemos receber é a instrução da fé. O texto não diz, mas o que será que ela esperava de Eliseu? Que emprestasse dinheiro? Que fosse falar com o credor? Não sabemos. Mas o que Eliseu fez foi dar uma instrução de fé: dê passos e creia que Deus fará o resto. Se ela vivesse nos dias de hoje, talvez tivesse ficado magoada com Eliseu, porque a nossa sede de milagre se revela na nossa vida como o desejo de que alguém assuma os nossos problemas e os resolva. Não importa quem, se é Deus ou o outro. Porque para mim o milagre é: eu tinha um problema e agora não mais. Nem sempre estamos dispostos a crescer com aquela experiência ou experimentar algo novo de Deus para nosso coração. Eliseu não estava se eximindo de ajudá-la a ela, mas ajudando-a com tudo o que ela precisava, colocando-a diante do Senhor, dando passos de fé, orando, crendo na providência de Deus na nossa vida. O maior milagre não é a solução do meu problema, mas a minha vida prostrada diante do altar. “Entra na tua casa e fecha a tua porta...”, disse Eliseu. Não faz lembrar outro, lá na frente, que diz: “Entra no teu quarto e fecha a tua porta...”.
3. Deus faz o milagre a partir de algo que já temos. Eliseu tinha a revelação de Deus no seu coração quando lhe perguntou: “o que você tem na sua casa?”. Milagre é algo que Deus faz a partir do que já temos. O nosso desejo de milagre nasce a partir da nossa percepção de “ausência”, não da nossa percepção de “presença”. Essa é a inclinação do nosso coração: a “ausência” é fator gerador e intensificador de dificuldade. Deus quer transformar o que temos em suficiente. Mais do que resolver o seu problema, Deus quer tirar do seu coração todo complexo de inferioridade espiritual. Pare de olhar o que você não tem e olhe para Deus! Deus faz o que você tem ser suficiente. Ele criou o universo a partir do “nada”. Ele é o Deus da abundância e quer que entendamos que milagre não vem da abundância de recursos, mas a abundância de recursos vem da confiança que depositamos nEle. O que você tem para colocar diante do altar do senhor hoje?
4. Depois que sabemos o que fazer, as pessoas aparecem.  A partir do momento em que ela creu que a solução estava em Deus, vasilhas não faltaram, porque vasilhas todo mundo tem para oferecer. Quando nos sentimos perdidos não aparece ninguém, mas quando temos foco as pessoas aparecem. Às vezes é Deus mesmo quem “fecha as portas” para entendermos que precisamos dEle. Quando nos dobramos diante dEle, oramos e nos consagramos, as pessoas aparecem com vasilhas, não para resolver nosso problema - porque é Deus que vai fazer a obra – mas para nos abençoar, para nos alegrar. Quem espera uma solução mágica para o seu problema não consegue se alegrar com nada e quem sabe que Deus está no controle da vida se alegra com cada detalhe.
5. Milagre é coisa que, até a gente experimentar, não fica propagandeando. A gente testemunha depois que experimenta, não fica propagandeando antes. Eliseu disse pra ela “fechar a porta da sua casa” quando estivesse com a casa cheia de vasilhas. “Fechar a porta” é um momento discreto, de intimidade entre nós e Deus. Depois que o milagre acontecer você diz, porque Deus não precisa de propaganda, Ele precisa de testemunho. A mulher foi despejando e enchendo vasilhas... Até que as vasilhas acabaram e o azeite secou.
6. Milagre também tem fim. Tem hora que acaba, senão, o último milagre seria vivermos aqui para sempre. Não é assim, não é este o nosso lar. O bom do milagre é que ele acaba, dá lugar para outros problemas. Você foi curada de uma enfermidade há 5 anos e hoje está com problema financeiro. Milagre não existe para termos a vida que gostaríamos de ter, mas para conhecermos a fundo o Deus que já temos. É com Ele que queremos viver. Cada nova luta será um novo motivo para nos apegarmos mais ao Senhor. A botija de azeite não era uma botija mágica, não era um amuleto, não era uma vara de condão, mas só um instrumento que Deus usou naquele momento. E na próxima vez, com certeza, vai usar outro.
7. Milagre é coisa que não isenta a gente de continuar lutando. A mulher volta para perguntar para Eliseu o que fazer. Eliseu a manda trabalhar, vender o azeite. E a vida segue... E ela vai continuar enfrentando problemas. O milagre vem para dizer que, quando precisarmos, Deus estará sempre conosco. Mas lutemos, trabalhemos, vamos em frente.

Mensagem pregada pelo Pr. Marcelo Gomes no culto das mulheres da IPI de Maringá, 20/06/2012.

A SUNAMITA: O MELHOR ESTÁ POR VIR!

(II Reis 4: 8-17)

O texto bíblico nos fala de uma mulher que não sabemos o nome, apenas que era sunamita. Com ela podemos aprender lições importantes.
Deus tem nos abençoado muito, de muitas maneiras. Tem feito muito mais do que pedimos ou pensamos. Se cada um de nós pudesse dizer o que Ele tem feito nas nossas vidas, passaríamos tempo falando sobre isso. Mas sempre existe em nossa vida uma área sensível; mesmo que, de um modo geral, a vida esteja indo muito bem, temos esconderijos de alma. O texto diz que a sunamita era uma mulher rica, sem grandes problemas, que não tinha queixas. Era de bem com a vida, mas se sentia incompleta porque não tinha filhos e isso lhe era uma grande frustração. Quando Eliseu disse que teria um filho, respondeu que não queria ser iludida – isso quer dizer: ”Não mexa na caixinha que fechei a muito custo e escondi muito bem no meu quarto”. Ela vivia uma vida abençoada, mas que lá no intimo sabia que faltava algo.
Na época da sunamita, a mulher era julgada por sua capacidade de gerar filhos. E quando isso não era possível, as pessoas acreditavam que era um castigo de Deus, que Deus havia se irritado com a pessoa por algo que ela tivesse feito. E quando o profeta mexe com esse assunto, que estava encerrado, dói. Tinha a sensação de que nada estava reservado para o futuro. Como o que era esperado, não aconteceu, não existia esperança para o futuro; já tinha perdido o brilho do olhar. O que poderia ter sido não foi, e se não foi, não será mais. Muitas mulheres vivem assim. Aceitam qualquer coisa porque não tem sonhos. Não conseguem mais ter alegrias. Se era para ter sido e não foi, Deus é poderoso para fazer infinitamente mais. Eliseu entra na vida daquela mulher para mudar esse quadro.

1ª lição: Vale à pena não se fechar e ficar atenta ao que Deus tem para você. Não se tranque no quarto escuro do seu coração e veja o que Deus está fazendo à volta. A sunamita viu Eliseu e logo o chamou, pois percebeu que ele era um homem de Deus. Ela estava aberta e desejosa de trazer algo novo para sua vida. Seus sonhos não estavam mortos, queria Deus invadindo o seu universo. Ela tinha uma dor, mas não ficava fechada na mágoa, na amargura, não vivia trancada no seu quartinho esperando a vida acabar. Pessoas assim experimentam o melhor de Deus.

2ª lição: Essa mulher se entregou a um projeto, tomou iniciativa, trabalhou. Às vezes, não experimentamos o novo de Deus porque começamos e não terminamos. Começamos uma vida de oração e leitura da Bíblia, mas logo paramos. A sunamita quis fazer, foi lá e fez. Lançou-se ao projeto e foi até o fim, não perdeu o foco. E uma vez terminada a obra, ela serviu para o que estava determinado no princípio. Havia um propósito claro, sem combinações. O profeta só precisava de uma cama para descansar, uma mesa, uma cadeira e uma lamparina. Foi isso que ela colocou no quartinho dele. O que tem propósito claro não precisa ter muito adorno. Tem pessoas que dizem “eu queria tanto ter uma vida de oração, mas...” É só você não querer cumprir um propósito que começa a inventar. E sempre que Eliseu passava por lá, ficava no quartinho.

3ª lição: A prova final dessa mulher era crer em milagres. Você pode ser antenada, trabalhadora, mas não crer no impossível. Ela precisou crer que Deus faria o que ela já tinha desistido de tentar. Tem mais, ela não fez o quartinho com segundas intenções, apenas para servir o profeta. E Deus resgatou seu sonho. Quando a gente permite que o que é de Deus entre na nossa vida, Ele permite que coisas maravilhosas aconteçam conosco. Aquela situação que você nem acredita que pode acontecer, com Deus pode.

Mensagem do pastor Marcelo Gomes no culto das mulheres da IPI de Maringá, dia 26/06/2012.

terça-feira, 3 de julho de 2012

JEZABEL. UMA MULHER SEM ESCRÚPULOS!

(I Reis 21:1-23)

Jezabel não foi uma boa referência. Foi considerada a pior mulher do Antigo Testamento. Seu nome virou xingamento; era uma mulher sem escrúpulos.  Seu nome é citado na Bíblia várias vezes e nada está nela escrito sem razão. A Bíblia não é como qualquer livro histórico, não esconde detalhes da vida dos heróis, fala de seus problemas. Ela desnuda a nossa alma.
Jezabel é o tipo de mulher que temos que nos esforçar para não ser. O mundo torna fácil ser como ela.
Acabe tinha fascinação sobre Jezabel, a qual tinha certo domínio sobre ele. Acabe era um homem aos pés de sua mulher. Ele era o rei de Israel, não um “simplesinho”. Era rico, respeitado, vivia no seu palácio. E Jezabel era a mais importante mulher do reino, não sabia o significava a palavra “não”. Isso se tornou maldição para ela.
Ficou preocupada quando encontrou Acabe deitado no seu quarto, virado para a parede, como alguém que perdeu tudo na vida. Imagine você, chegar em casa e encontrar seu marido nessa situação. Jezabel imaginou que tinha acontecido algo muito grave, pois ele não queria nem comer. Mas o que tinha acontecido é que Nabote não quis vender sua vinha a Acabe, que queria fazer uma horta naquele lugar. Jezabel ficou nervosa com isso e foi ela mesma cuidar da situação.
1ª lição. O foco dela não estava na realidade, no que é certo ou errado, mas na realização de um desejo. Se o meu marido ou o meu filho quer algo, tem que ser realizado, pois o que vale o dinheiro que ganho? O quando o desejo de Jezabel transformou-se em realidade, sua vida começou a desmoronar. Foi como a voz da serpente falando para Eva: “faça, deixe as consequências para depois; faça o que o seu coração mandar”. Para Jezabel o desejo teve status de ídolo.
2ª lição. Jezabel esqueceu quem era. Jezabel foi uma mulher que considerou “status” como uma
razão para se sentir “melhor”. Ela considerou que o rei era melhor de que Nabote. Não considerou Nabote, para quem a vinha tinha valor emocional, pois era herança de seus pais. Situação semelhante aconteceu com Davi, quando teve relações com Bate-Seba, uma mulher casada; a engravidou e mandou matar seu marido para ficar com ela.
3ª lição. Jezabel achava que para tudo se dá um jeito, além de absolutizar o desejo e esquecer quem era. Mas há perdas insubstituíveis na vida. Às vezes, Deus diz “não”. Ele abre portas, mas é um Deus que também fecha portas. Ele é Deus, Ele manda e nós obedecemos: seja feita a Sua vontade. Quando perdemos essa percepção, achamos que para tudo damos um jeito, de uma forma ou de outra. Jezabel usou de seu poder para fazer com que Nabote fosse morto, com uma acusação injusta de blasfêmia, e assim sua vinha ficou com Acabe.
Aprendemos, então, que o meu desejo não é o meu deus. Temos um Deus que nos faz mais feliz do que todos nossos desejos. Quando o “nosso desejo” é um deus para nós, todo resultado é tristeza e frustração. Quando Deus é o nosso desejo, aí temos alegria, temos o melhor para nossas vidas.
Deus tem um plano específico para você. Não olhe para quem está a sua volta, olhe para cima. Confie nEle. E, por último, não tente lutar com suas forças.
Deleita-te no Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração.” (Salmo 37:4). E, “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes
esperança e um futuro.” (Jeremias 29:1).



Mensagem pregada pelo Pr. Marcelo Gomes no culto das mulheres da 1ª IPI de Maringá no dia 13/06/2012.