terça-feira, 30 de outubro de 2012

A MULHER ADÚLTERA: O JOGO DOS SETE ERROS!

(João 8:1-11)

Sobre a mulher adultera, texto muito conhecido pela frase que o popularizou: “quem não tem pecado que atire a primeira pedra”. Nele existem uma sucessão de erros e equívocos que, só Jesus para consertar. São sete erros apontados pelo texto que nós, em tese, não deveríamos cometer. Uma vez cometendo-os, precisamos da ajuda do Senhor para seguir em frente:
1. Estragar momentos especiais com coisas que não valem a pena. Temos uma necessidade de mostrar ao outro que ele errou conosco e, momentos que poderiam ser lindíssimos, viram intensificações do problema que já estava criado. Ninguém resolve nada, as ofensas só se agravam e os corações só ficam mais machucados. O texto começa dizendo que Jesus apareceu no templo e começou a ensinar ao povo que estava reunido ao Seu redor. Olha que coisa linda! Mas os religiosos estragaram esse momento de ensino para expor, de forma maldosa, maligna e diabólica, a vida de uma mulher. O primeiro erro; nossa incapacidade de celebrar bons momentos, de receber dEle instrução e ministração. Às vezes Deus está falando coisas tão lindas e nós fechamos nosso coração para pensar nas nossas culpas, pensar em alguém que nos feriu... E sentimentos ruins nascem dentro de nós. Às vezes um louvor está sendo tocado e, em vez de pensar em como é bom adorar a Deus, pensamos em falar algo para humilhar alguém. Tudo isto porque temos grande dificuldade de celebrar boas coisas e, fazemos dos bons momentos, oportunidades para lavarmos roupas sujas. Isso acontece muito na amizade, na família.
2. Nossa capacidades de nos submetermos às relações indignas. O adultério acontece quando permitimos que pessoas entrem na nossa vida pela porta dos fundos. Nossa geração trata relacionamentos como algo descartável, tipo garrafa pet, usa e joga fora. Não sabem que pessoas entram na vida pela porta da frente, porque, quem entra pela porta dos fundos, não entra para ficar. Quem entra pela porta dos fundos, entra para sair rápido. Por exemplo, é o moço que vai trocar uma mangueira, consertar fios elétricos. A visita que é bem vinda entra pela porta da frente. Essa mulher talvez tivesse tido motivos, uma infelicidade afetiva ou seduzida por alguém que lhe fez promessas de amor. Às vezes acreditamos em algumas promessas não porque são coerentes e reais, mas porque temos necessidades de acreditar no que nos é oferecido. Aceitamos qualquer coisa porque não sentimos que Deus possa fazer as coisas na nossa vida do jeito certo, não acreditamos que Deus pode restaurar um casamento que está mal. Mulheres infelizes numa primeira situação nivelam a vida por baixo e submetem-se a qualquer cretino que aparece. Sentem-se impedidas de viver o “novo” de Deus, mendigam amor de quem oferece uma migalha de carinho. Não sabem viver como uma filha querida do Pai celestial!
3. Nossa capacidade de tirar o corpo fora. Para os fariseus, a lei previa apedrejamento para quem fosse pego em flagrante adultério. Ora, ninguém é pego em flagrante adultério sozinho e, portanto, homens e mulheres adúlteros deveriam ser apedrejados, juntamente. Então, alguém tirou o corpo fora aqui. Cadê esse homem, cheio de amor que desapareceu deixando essa mulher a ponto de ser apedrejada? É que, na hora do “vamos ver”, temos uma tendência enorme de desaparecer. Há momentos na vida em que não existe ninguém para nos ajudar, nem mesmo aquele de quem você mais esperaria. Aí vem a decepção, porque criamos expectativa. Até nossas crianças são bombardeadas com um tipo de vida que nunca vão ter, quando lhes são ensinadas que no final tudo vai dar certo. A ajuda da mulher deveria ter vindo de um homem que assumisse as suas ações. Jamais viria desses religiosos com sede de sangue. A sua ajuda viria do Senhor Jesus e nem ela sabia. Ainda que você esteja sozinha enfrentando os seus problemas, você tem que saber que Jesus pode ajudar você.
4. Usar um problema para resolver outro. Somos especialistas em usar assuntos vencidos para tentar resolver assuntos presentes. Os fariseus querem acabar com o ministério de Jesus e usam a mulher como pretexto. O problema que a pessoa apresenta nem sempre é o que ela traz, às vezes é só uma maquiagem. Perdemos a capacidade de ser francos. Pessoas montam uma religião, não para servir a Deus, ajudar alguém, mas para servir ao seu bolso, ficar rico. É preciso colocar as motivações do nosso coração na presença de Deus, porque às vezes até a espiritualidade é usada para mascarar outras coisas.
5. Tentar forçar soluções: Quando os fariseus perguntam se podem apedrejá-la, já estavam com pedras nas mãos. E Jesus vai escrever na areia, tipo “não estou nem aí”. Isto, na fé, é de extrema importância: Deus responde na hora dEle. Quem define o tempo da resposta de oração é quem responde, e não quem pede. Quem pede sempre quer para ontem, porque somos de uma geração impaciente, perdemos a capacidade de curtir os momentos. Mas a Bíblia ensina: Esperei com paciência no Senhor e Ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei”; “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle e o mais Ele fará”; “Deleita-te no Senhor e Ele concederá o que deseja o teu coração”; “Lance sobre Ele toda ansiedade, porque Ele tem cuidado de você”. São inúmeros os textos que dizem que o tempo não é o nosso, mas o de Deus. Rendamos-lhe o coração porque que Ele tem o melhor para nós e tudo vai acontecer de acordo com a Sua vontade.
6. Olhar para os outros e não olhar para si mesmo. Jesus escreve na areia e o povo insiste na resposta. Então Ele se levanta e diz: “quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra”. E voltou a escrever na areia. Essa mulher merece apedrejamento, mas o agente não pode estar na mesma condição dela. Se alguém tivesse atirado uma pedra, essa pessoa deveria ir do lado dela para também ser apedrejado, porque estaria dizendo que “não tinha nenhum pecado” e isto é uma heresia. Todos deixaram suas pedras e foram embora. Julgamos o outro até olharmos para nós mesmos, porque quando olhamos para nós mesmos, descobrimos que a mesma misericórdia que precisamos dar ao outro é aquela que precisamos todos os dias. 
7. Continuar cometendo os mesmos erros. O texto termina dizendo: “vá e abandone o pecado”. Mulher, você escapou, mas mude de vida. Use essa experiência pra crescer, seja uma pessoa melhor, não volte para o lugar de onde você veio. Minha oração hoje é para que aprendamos o que Deus quer de nós. Começar de novo é levantar depois da queda e aprender a desviar dos motivos de tropeço. Tomar as mãos do Senhor e deixá-lo nos conduzir.

Mensagem pregada pelo Pr. Marcelo Gomes no culto das mulheres da 1ª IPI - Maringá, dia 03/10/2012.

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