terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Lições sobre o perdão

(Mateus 18:21-35)
 
São duas as afirmações que podemos extrair deste texto:
1. Para aprender sobre o perdão, ou outros assuntos, é preciso estar disposto a superar preconceitos e limites. No judaísmo havia um limite para perdoar, sete vezes. Pedro queria verificar a validade desse preceito com Jesus, que disse para perdoar 70 vezes sete, que são 490 vezes! Isso certamente mexeu com Pedro e os outros discípulos. No texto paralelo do evangelista Lucas, ele diz que um dos discípulos teria dito "aumenta-nos a fé", pois é preciso uma fé maior para fazer isso, ao que Jesus teria contado a parábola do grão de mostarda. "Se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, vocês dirão para uma montanha: "saia daqui" e ela obedecerá." É como se Ele estivesse tentando dizer o seguinte: "Não é de uma fé maior que vocês precisam, mas de uma fé mínima, porque se ela fosse do tamanho de um grão de mostarda não é só perdoar que vocês seriam capazes, mas de mudar a geografia do mundo". Perdoar é uma das artes que mais caracterizam a vida cristã, ao ponto de ter sido a única questão que Jesus apresentou em termos condicionais – se perdoarmos seremos perdoados, se não perdoarmos também não seremos perdoados. Precisamos deixar Deus tratar o nosso coração.
2. Para exercitar o perdão, preciso saber que o perdão é mais importante para quem dá do que para quem o recebe. Perdoar é ser abençoado de uma forma que nem imaginamos.
Jesus ilustrou essa afirmação com uma parábola. A dívida de que fala a parábola era um valor impossível de pagar. É o que Jesus quer deixar claro. O rei tem que punir de alguma forma o devedor, mas ele o perdoa. Esse sujeito, o que foi perdoado, encontra um conservo (um igual a ele) que devia muito menos, e exige o pagamento da dívida. Como este não tem o dinheiro para pagar, o que foi perdoado primeiro joga o seu devedor na cadeia. Os outros conservos ficam indignados com isso e contam ao rei, que revoga o perdão do primeiro. Jesus diz que o mesmo acontecerá conosco.
Aprendemos três lições:
1ª. Quem oferece perdão é mais beneficiado do que quem é perdoado. O primeiro passo para uma grande vitória espiritual começa com o reconhecimento de que somos todos devedores. Algumas pessoas perguntam como podemos perdoar algo o assassino de um filho, p. ex. Porém escorregamos com as coisas do dia-a-dia, as quais não conseguimos perdoar. Tenho que começar o pequeno, como perdoar um vizinho que incomoda. Ninguém tropeça em montanhas, mas em pedregulhos. Deus me dá um perdão global, daquilo que eu devo na vida inteira. Quem sou eu para julgar. Diante de Deus eu sou devedor.
2ª. Quem oferece perdão é mais abençoado do que quem é perdoado porque descobriu que não é a vítima. Do ponto de vista do céu. O agressor é mais miserável do que o agredido. Ele irá prestar contas à Deus.
3ª. Quem oferece perdão é mais abençoado do que quem é perdoado porque não se torna refém dos maus sentimentos. Gente que guarda mágoa se torna má. Esses maus sentimentos são capazes de estragar o que a pessoa tem de bom.
4ª. Quem oferece perdão ganha mais do que quem recebe perdão. É mais abençoado.
5ª. Quem oferece perdão recebe perdão de Deus. Para receber perdão de Deus é preciso também dar perdão.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A Vida de Pedro – Lições sobre os bons momentos da vida.

(Lucas 9:28-40)
Todos nós, sem exceção, tivemos bons momentos em nossa vida, boas lembranças. Um bom momento que queremos guardar, que provoca em nós os melhores sentimentos. Faz parte mesmo de quem tem uma vida difícil, é como um oásis no deserto. Andar com Jesus certamente foi um projeto recheado de bons momentos. Estamos aprendendo com Pedro e as reações que ele teve. Lições que aprendeu:
1º. Bons momentos acabam. Vivemos uma geração seduzida pelas promessas de bem estar permanente e ilimitado, que lida mal com a tristeza. Não gostamos da tristeza e não queremos ver ninguém triste. Os bons momentos precisam ser resgatados em nossa vida. No mau momento peço muito a Deus que tenha misericórdia, mas no bom momento nem sempre sou grato e acho que tenho salvo conduto para
ser estúpido. O bom momento pode acabar, mas os frutos deste podem continuar. O que eu quero é o bom momento em si e não o que o Senhor quer me ensinar. Somos uma geração que quer estar sempre em alta. Isto esvazia a força dos bons momentos. E estes precisam acabar, para que tenham ainda mais valor. Pedro não queria que aquele momento acabasse; quando está no auge do seu encantamento, sugere que o momento seja perpetuado.
2º. Bons momentos ensinam. Sábio é aquele que também aprende com os bons momentos. Na casa onde há luto as pessoas têm mais facilidade para aprender. Os momentos bons têm a força de roubar os nossos filtros e de nos fazer baixar a guarda. No bom momento não quero servir a Deus nem a ninguém. Os bons momentos têm que ser resgatados: aprender que num bom momento de felicidade tenho que agradecer. O bom momento pode acabar, mas seus frutos ficam. Para nós parece que a ideia de crescer
e amadurecer vai estragar os bons momentos. Quando aprendemos com estes, eles podem se repetir mais frequentemente.
3º. Se forem vividos na perspectiva de Deus, os bons momentos aplacam a ansiedade o stress, a ira, a mágoa... Acalmam a alma. Os bons momentos precisam ter o poder de nos levar a certa introspecção. Nem sempre é bom falar muito, às vezes é melhor calar. A necessidade de exposição talvez venha da necessidade íntima de estar em evidência, de ter algum valor. Aí as pessoas se põem na “vitrine”. Talvez os bons momentos sirvam para nos dizer que Deus está no controle e não precisamos ficar ansiosos de coisa alguma. Os maus momentos têm a tendência de se absolutizarem e fazerem com que esqueçamos
os bons momentos. Os bons momentos me lembram que sou abençoada, privilegiada e que não apenas coisas ruins nos acontecem.
4º. Os bons momentos preparam. Se estes acabam, maus momentos poderão vir na sequência. Queremos que os bons momentos sejam o começo da vida eterna, mas não é assim. Quando Jesus desceu do monte com os discípulos os problemas estavam lá, esperando. Os bons momentos são para me renovar e dar um novo fôlego para continuar a luta. Esta não diminui a força daqueles, mas os reforça. Valorize o bom momento, deixe Deus tratar as ansiedades do seu coração...
 
Mensagem do Pr. Marcelo Gomes no culto das mulheres da IPI Maringá 08/2013.

A Vida de Pedro: Como não deixar nossos acertos virarem erros.

(Mateus 16:13-23)
Pedro tinha acabado de acertar bonito e, logo em seguida, errou feio! Ouviu de Jesus: Para trás de mim, satanás!Você é uma pedra de tropeço para mim e não pensa nas coisas celestiais, mas nas terrenas. Tudo isso logo depois de ter elogiado a Pedro por sua sensibilidade à revelação do céu sobre ser ele, Jesus, o Messias. Ao que parece,Pedro ainda desfrutava a alegria das palavras que o Mestre lhe dirigira quando, numa mudança abrupta de foco,este começou a falar com seus discípulos sobre seu iminente sofrimento e consequente morte na cruz. Pedro não gostou. Chamou-o à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: Nunca, Senhor! Isso nunca te acontecerá (v. 22)!
Note o verbo “repreender”; indica certa veemência, uma espécie de censura ou reprovação intensa. Pedro sentiu-se contrariado. Frustrado, talvez, com o fim de toda aquela conversa sobre ser ele uma pedra de edificação, destacada entre as demais. Foi orgulhoso, egocêntrico, inconveniente, presunçoso… Exagerou na dose! O próprio uso do advérbio “nunca” (isso nunca te acontecerá) revela a prepotência de quem acreditava ter o futuro sob controle. Mas o pior: incitou Jesus a romper com qualquer ideia de simplesmente submeter-se ao caminho messiânico em obediência a Deus. Seu sentimento entrou em choque com sua fé e, não satisfeito, tentou impor sua carnalidade ao próprio Jesus. Tentou o próprio Jesus. Comportou-se como um diabo. E assim foi denominado. Como isso foi acontecer? O que Pedro fez para ir do céu ao inferno em tão pouco tempo? Por quê? O que faz com que oscilemos tanto? Por que algumas vitórias da nossa vida são ofuscadas por derrotas?
1º. Por causa do seu acerto, Pedro se achou no direito de não ser contrariado. Todo acerto tem esse potencial, de produzir a ilusão de que daqui para frente tudo vai dar certo. Quando estamos num momento bom, de paz, é como se não quiséssemos nenhuma conversa ruim. Como se nos recusássemos a amadurecer. As contrariedades vêm na nossa vida para lembrar que, por melhores que sejam algumas experiências, as lutas fazem parte. Jesus disse: “No mundo tereis aflições...” Então, se você teve um dia maravilhoso agradeça, mas não baixe a guarda.
Não deixe de orar para não ser pego de surpresa nos momentos difíceis.
2º. Talvez Pedro tenha saído da “linha” e tomado a repreensão que tomou porque, de alguma maneira, deixou os sentimentos se imporem naquele momento e achou que os seus sentimentos deviam ser os de todos, inclusive de Jesus. Quando a vida fica boa para nós tendemos a ser insensíveis para as dificuldades dos outros, nos tornamos mais distantes.
3º. O desejo de ter o controle nas mãos talvez tenha atrapalhado Pedro. A vitória faz com que alimentemos fantasias de que agora tudo vai dar certo, faz com que nos tornemos insensíveis às vezes com quem está ainda lutando e faz com que nos sintamos orgulhosos, donos da verdade. O que deu certo para mim, penso que tem que dar certo para todo mundo.
4º. Talvez também tenha atrapalhado Pedro tentar ajudar Jesus a fugir do propósito de Deus. Onde Pedro errou? Transformou seu sentimento em aconselhamento. É como a pessoa que está magoada com a sua família, com seu trabalho e com a sua igreja e tenta deixar o outro magoado também. Se você tenta ajudar uma pessoa a resolver um problema do seu jeito e não do jeito de Deus, você está agindo com o diabo. Se você aconselha um amigo a ir à forra com um desafeto, um cônjuge a abrir mão de seus esforços em favor do casamento, um irmão na fé a deixar a igreja por causa de dificuldades momentâneas, um novo crente a desanimar de seus líderes com críticas ácidas e sem amor, tudo isso sem oração, fundamento bíblico ou consciência de dependência de Deus, não faz mais que ser diabo em suas vidas. É isso que Jesus disse para Pedro: “Você está tentando fazer com que eu fuja do caminho que Deus tem para mim”. A função de tentar o outro a tomar decisões na carne é do diabo. Quando uma amiga assume esse papel ela é um diabo na vida da outra amiga. Aprendemos, assim, que diabo é todo aquele que, movido por sentimentos inflamados pela sua própria carnalidade, tenta impor sobre o servo de Deus orientação que o afaste de Sua vontade soberana.
5º. A sensação de que tendo vencido, tinha força para continuar se impondo. Os vitoriosos às vezes, além de se tornarem impacientes, além se tornarem impositivos, se tornam violentos, principalmente na palavra. Como é essa violência? Pedro repreendeu Jesus. É como aquela pessoa que acha que tem a solução para sua vida e, se você não concorda, ela perde completamente as estribeiras. Isso é orgulho. Acertamos e ficamos com o coração cheio de orgulho. E o orgulho, segundo a Bíblia, precede a queda. Precisamos manter o foco e não esquecer que é Deus quem está no controle.
 
Mensagem do Pr. Marcelo Gomes no culto das mulheres da IPI Maringá (08/2013)


domingo, 8 de dezembro de 2013

A vida de Pedro: Lições para não naufragar no mar da vida.


 (Mateus 14: 22-32)

O que é um fantasma? Uma alma sem corpo? Alguém que já morreu e continua assombrando quem não morreu? Talvez nem acreditemos em fantasma. Podemos dizer que fantasma é aquilo que a gente vê quando a visão está prejudicada pelas circunstâncias e, ao mesmo tempo, a compreensão prejudicada pelo desconhecido. Na linha da minha vista há informações que podem me confundir, que não eram a realidade. Os discípulos viram um fantasma e ficaram com muito medo. Quem era o fantasma? Era Jesus, à noite, com tempestade, caminhando sobre a água até o barco no mar. As circunstâncias prejudicaram a visão e a compreensão foi prejudicada pelo desconhecido, pois nunca imaginariam que alguém pudesse ir caminhando até o barco. Era algo impossível para eles.

Todos temos fantasmas nos assombrando: circunstâncias confusas, situações que não compreendo e que não esperava. As pessoas que deveriam estar ajudando não estão, mas atrapalhando. Vem o medo de o casamento acabar, do que vai ser de meu filho, do resultado de um exame... E a sensação de que a qualquer momento a vida vai naufragar. As coisas não eram como os discípulos estavam vendo. Assim pode acontecer com a minha vida. Mas logo vem Jesus me surpreender, dar a compreensão do que está acontecendo e tirar o meu medo. E o que não sei enfrentar, é Ele chegando. A tempestade já vai passar. O medo é a falsa impressão transformada em perigo real. O medo na vida do cristão é a impressão (falsa, limitada) que ele tem da vida transformada em perigo real. Não compreende o que Deus está fazendo. Não está enxergando Jesus. Transforma a percepção humana em realidade absoluta.

Como vencer os desafios no mar da vida?

1. Enfrente seus medos e tente algo diferente. Pedro era uma pessoa totalmente pronta a ser lançar ao protagonismo da história. Ele queria aprender a andar sobre as águas. Mas o que nós queremos é que Deus ponha fim a minha tempestade. Pedro tem outra lógica: “Se és Tu, eu também posso andar em cima de tudo isso que estou vivendo. Se és Tu, uma ordem tua pode me fazer andar sobre a água.” Este texto entrou para a história porque Pedro afundou (o que é verdade), mas pouca gente se lembra que ele foi o único a descer do barco. Que coragem! O barco era o único ponto de segurança humana que ele tinha. Deus está nos convidando a mudar de atitude. Talvez falar menos e orar mais. Descer do barco dá medo porque parece firme. É a tábua de salvação. Mas quem aprendeu a andar sobre as águas não precisa de tábua de salvação. Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na hora da angústia. Jesus é o novo e vivo caminho.

2. Estabeleça um ponto de referência melhor. Pedro olhava para Jesus – essa é uma informação importante. Olhar para Jesus é estabelecer um ponto de referência. Se quisermos andar com firmeza, precisamos olhar para frente e não para os próprios pés. Jesus é confiável, as Suas promessas não deixam de se cumprir.

3. Não permita que as circunstâncias falem mais alto. Pedro caminhou sobre as águas, mas viu a força do vento e a força das águas. Ou seja, as circunstâncias voltaram. Eu oro, vou à reunião de quarta-feira, ouço orações que vieram do coração de Deus para o seu coração, e vou para casa achando que tudo irá passar. Mas quando lá chego parece que tudo está pior. Aí digo que me iludi de novo, pois a tempestade ficou pior. Isso vai passar! Mas enquanto não passa, ninguém prometeu que a tempestade não ficaria pior. Pedro viu a força do vento, viu a força da água e começou a afundar... Se você sabe andar sobre a água, o tamanho das ondas não importa. As circunstâncias são maiores do que eu, mas Deus é maior do que as circunstâncias.

4. Não tenha vergonha de pedir ajuda. Pedro, quando afundou, pediu ajuda a Jesus. Não posso ter vergonha de pedir ajuda a Deus, a uma mão estendida. Jesus tomou Pedro pela mão... Não devemos pedir ajuda a quem não está bem, mas a Jesus e a quem está mais firme na vida cristã. Às vezes afundamos porque nos agarramos a quem também está afundando. Quero ser tomada pela mão do Senhor. A mão do Senhor não está encolhida...
 
Mensagem Pastor Marcelo Gomes no culto das mulheres da Primeira IPI de Maringá.

Depois da Tempestade - A Vida de Pedro: Lições para começar uma grande história.


(Lucas 5:1-11)

Pedro enfrentou muitas tempestades, externas e internas, mas venceu todas elas e se tornou uma pessoa extraordinária, uma referência de liderança. Todos nós enfrentamos muitas tempestades e podemos vencer todas elas, com a ajuda de Deus.

Jesus é o protagonista deste texto, mas também fala de uma pessoa que começou aí sua trajetória: Simão Pedro, um pescador, que tinha sonhos e expectativas. Era como eu e como você. Temos sonhos, imaginamos que se as coisas saírem como planejamos, seremos felizes. Contudo, não temos ideia do que Deus está planejando para nós. Pedro não tinha ideia do que lhe aconteceria naquele dia. Pedro não imaginava, mas de pescador de peixes tornou-se pescador de homens. Pedro também é um protagonista desta história, embora aprendamos sempre muito mais com Jesus do que com outra pessoa. Pedro aprendeu lições que podem servir para nós hoje. Com ele aprendemos cinco lições:

1ª. As maiores realizações são feitas em parceria: Jesus pregou, Jesus fez os peixes irem para as redes, mas Pedro emprestou seu barco. Deus é protagonista na nossa história, mas o que nós estamos dispostos a colocar em suas mãos? A pergunta de Jesus é: o que vocês têm? Há um princípio espiritual que ensina que a pergunta sobre quanto é necessário, pertence a Deus e não ao homem. Nós olhamos para o que é necessário, mas esse olhar é de Deus. Deus é quem tem que saber quanto eu preciso. A minha pergunta é: o que eu tenho está à disposição de Deus?

2ª. As maiores vitórias são resultado de insistência: Pedro lançou as redes! Foi Pedro quem argumentou com Jesus que aquele dia o mar não estava para peixe. Na vida da gente têm aqueles dias em que tudo dá errado. E aquele tinha sido um dia em que, para Pedro, tudo deu errado. Passou a noite toda pescando com seus amigos e não pegou nada. Mas, como Pedro fala com Jesus? “Já que o Senhor mandou, eu vou lançar as redes.” Às vezes falta um pouco disso em nossas vidas. Você está cansada de lançar as redes e elas nunca pegam nada, ou você não acredita mais que isso seja para você, você não sabe mais se quer lançar as redes, acha melhor desistir dessas ilusões e ficar onde está. Pedro também não tinha motivos para lançar as redes, mas ainda assim lançou. Dizemos, de forma errônea, que vamos dar mais uma chance a Deus. Deus não precisa de mais uma chance porque Ele não erra. Sou eu quem precisa de mais uma chance para ver, entender e receber o que Deus quer fazer em minha vida!

3ª. As maiores conquistas são compartilhadas: Pedro dividiu os peixes! Pedro estava agora no barco quando percebeu que havia peixes demais. Então, fez sinal para outro barco, para que também pescassem ali, onde agora havia tantos peixes. Há momentos na vida em que os resultados são mais do que o que a gente precisa. Não precisamos nos apegar, pois temos a coisa mais importante na nossa vida. Você quer escrever uma grande história? Aprenda a compartilhar, abençoar pessoas, dividir.

4ª. As maiores pessoas são as mais humildes: Pedro assumiu seu pecado! Pedro reconheceu seu pecado. Ele, pescador experiente, muitos anos de praia, sabia que aquilo não era uma coisa comum. Ele sabia que Jesus não “deu sorte”, mas produziu aquele fenômeno. Pedro conseguiu enxergar ali um milagre de Deus. Às vezes, os nossos olhos estão tão acostumados com as coisas do dia a dia que não enxergamos mais o que é milagre de Deus na nossa vida. Pedro, naquele momento, ainda não sabia muito sobre Jesus, mas reconheceu que Ele era enviado por Deus. Então ele se prostrou, constrangeu-se diante de Jesus e percebeu que precisava de ajuda.

5ª. As maiores riquezas da vida são as pessoas: Pedro virou pescador de homens! Jesus olhou para Pedro e disse: não tenha medo! Eu vou fazer de você pescador de homens! Nós precisamos nos apaixonar novamente por Jesus, aí perceberemos o quanto coisas são transitórias, periféricas e secundárias na nossa vida e o quanto as pessoas são especiais, mesmo que elas nos dêem trabalho e nos cansem. Pescar peixes é mais fácil, mas pescar gente é muito melhor, pois fazemos isso para Deus. Prepare-se para que Deus escreva uma grande história na sua vida.
 
Mensagem do Pastor Marcelo Gomes no culto das mulheres da Primeira IPI de Maringá.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Excelência X Esperança

Romanos 5:3-5 e 2 Coríntios 4: 8-9.
“A excelência possui inimigos. Não é fácil seguir seu caminho. Há obstáculos, perigos e armadilhas no percurso. Dentre os riscos, os mais comuns são o descaso, o desânimo e o desespero. É preciso compreendê-los e enfrentá-los.
O descaso é uma atitude de desprezo e indiferença. Faz com que a pessoa não perceba ou não reconheça a importância de algo ou alguém. Seu coração permanece fechado, mesmo em face dos estímulos e insistências que recebe. É como um filho que não dá atenção aos conselhos de seu pai ou a menor importância para as preocupações de sua mãe. Ele ouve, mas, como costumamos ilustrar, é como se entrasse por um ouvido e saísse pelo outro.
Muita gente trata a vida com descaso. Das duas, uma: não conhece seu próprio valor e, por isso, não tem discernimento para avaliar o mundo à sua volta; não conhece a ausência, a necessidade, e tende a acreditar que tudo, sempre, estará à sua disposição, em abundância. Sabe aquele tipo de gente que só reconhece o valor quando perde? O descaso leva à perda e esta, às vezes, é irreversível. Não é bom tratar o desafio da excelência com descaso.
O desânimo também é inimigo da excelência. Faz com que a pessoa desista do desafio em razão das adversidades que encontrou pelo caminho. Seu coração e alma estão exauridos. Mas não é exatamente um cansaço, pois deste é possível descansar. Ainda que seja mental ou emocional. O desânimo se instala quando o cansado não acredita no descanso e não sente que seja possível renovar forças ou motivações para seguir adiante.
Vivemos dias desanimadores e há muita gente desanimada por aí. Gente que não suporta mais os desgastes que suas lutas impõem. Como dizemos, está por um fio. É gente que precisa parar para pensar, elaborar frustrações e decepções, planejar com coragem, respirar fundo. Lembrar das palavras de Jesus, que nunca enganou ninguém: no mundo vocês terão aflições, mas tenham bom ânimo porque eu venci o mundo. Excelência é caminho árduo, mas que faz valer a pena seguir adiante a cada novo dia.
Enfim, o desespero é inimigo da excelência, pois desestabiliza e precipita na destruição. É mais que desânimo: se este é um olhar para si mesmo que encontra o coração sem forças, aquele é um olhar para as circunstâncias que as encontra sem remédio. É uma declaração de impossibilidade, de falência, de derrota inevitável. Uma pessoa desesperada é aquela que não vê saída para os problemas, sobretudo porque as soluções que imaginou ou previu já não são mais acessíveis ou suficientes.
Por tudo isso a esperança é irmã da excelência. Se o desespero nasce do encontro com portas que se fecharam, a esperança floresce como uma certeza de portas e janelas que se abrirão onde só há paredes. Não é um crer que tudo vai dar certo, mas um confiar mesmo quando nada dá certo do jeito que se imaginava, pois Deus está no controle de tudo. Não é uma expectativa de solução, mas uma certeza dos propósitos que orientam a vida dos que amam a Deus e esperam seu agir.
E se o ditado diz que a esperança é a última que morre, o cristão diz que sua esperança já morreu… Mas ressuscitou! Nossa esperança é Jesus, modelo de excelência, hoje e para sempre.”

Mensagem do Pastor Marcelo Gomes no culto das mulheres da IPI de Maringá

Religiosidade X Espiritualidade

1 Coríntios 15:44-50, Mateus 6:33 e 1 Tessalonicenses 1:2-3.
“Entre as dimensões de nossa vida está a espiritual. Fomos criados por Deus e para Deus, que é Espírito, podendo nos relacionar com Ele espiritualmente. Espiritualidade consiste, basicamente, de nossa participação na realidade de Deus.
Contudo, é fundamental saber diferenciar entre espiritualidade e religiosidade. Esta nasce  de um conceito; aquela, de um encontro. Explico: a religiosidade humana tem sua origem na ideia de Deus, que por sua vez resulta de uma suposição a partir da observação do mundo criado – deve haver alguém por trás de tudo isso! Assim, a religiosidade admite a existência do divino e de um poder ilimitado, como responsáveis pelo surgimento de todas as coisas. Mas não podendo saber nada de seu caráter ou propósito, limita-se a desenvolver modos de agradar o divino, para que não use seu poder contra a humanidade, senão a favor dela. Como definiu o sociólogo venezuelano Otto Maduro, a religião é um “conjunto de discursos e práticas, referente a seres anteriores ou superiores ao ambiente natural e social, em relação aos quais os fiéis desenvolvem uma relação de dependência e obrigação”.
Ocorre que a raiz da religiosidade é dupla: de um lado, a ideia de Deus; do outro, um distanciamento absoluto em relação a Ele. E se a raiz da religiosidade é humana, sua força é o medo, pois que segurança pode ter quem crê numa divindade cuja existência coloca em risco tudo mais? A resposta da fé, portanto, ao medo que gera a religião é a espiritualidade que nasce de um encontro pessoal com Deus, um relacionamento com Ele. Espiritualidade não é um sistema oriundo de nossas pressuposições sobre Deus, mas uma descoberta sobre seu caráter e vontade a partir de nossa experiência com Ele. Se religião é fruto de suposição, espiritualidade o é de revelação. Uma pessoa religiosa crê que Deus existe e que deve satisfazê-lo, para que Ele, por sua vez, viabilize sua vida; uma pessoa espiritual crê que Deus existe e que satisfaz, por si mesmo, todos os que o buscam. Uma pessoa religiosa vive em função de suas necessidades e obrigações para com a divindade; uma pessoa espiritual vive para Deus e descansa na certeza de seu cuidado amoroso. A palavra chave da religião é mérito; a palavra chave da espiritualidade é graça!
Na religiosidade o medo move o fiel; na espiritualidade, o amor. João escreveu que no amor não existe medo, pois o verdadeiro amor lança fora todo o medo. Aliás, João também escreveu que Deus é amor. Isso é descoberta da espiritualidade; a religião não pode ir além dos conceitos de poder e juízo. Talvez, por isso a religiosidade gere tanto peso, rancor e intolerância, enquanto a espiritualidade gere leveza, perdão e conciliação.
Por tudo isto, a espiritualidade que se distingue de religiosidade resolve outros conflitos. Primeiro, entre transcendência e alienação: a espiritualidade é transcendente, pois participa da realidade de Deus e clama para que sua vontade seja feita na terra, assim como é feita nos céus; a religião anseia pelo céu enquanto torce para ver a terra ser destruída no fogo. Segundo, entre fé e superstição: a religiosidade é supersticiosa e procura formas de ajudar a fé a se impor sobre o divino, de modo a manipulá-lo; a espiritualidade é confiante e apta para aceitar, inclusive, o “não” de Deus, na certeza de que Ele tem sempre o melhor. Terceiro, entre justiça e moralidade: a religiosidade tem como principal objetivo o estabelecimento de uma moralidade padronizada; a espiritualidade vê na moralidade uma estratégia baseada em testemunho e autoridade pessoais com vistas ao estabelecimento da justiça (buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e Sua justiça!). Quarto, entre amor e afeto: a religião investe em afetos, pois sugere relacionamentos apenas entre iguais; a espiritualidade anda em amor, pois relaciona-se com o diferente na certeza de que fomos criados, todos, à imagem e semelhança de Deus. E isso é só o começo dessa dimensão…”

Mensagem pregada pelo pastor Marcelo Gomes no culto das mulheres da IPI Maringá

terça-feira, 25 de junho de 2013

Liberdade / Independência


(Gálatas 5:1 e 13-15, 1 Pedro 2:16 e João 8:31-35.)

“Há quem confunda liberdade com independência. Ser livre seria não depender de ninguém. Como na ilusão do jovem que vislumbra liberdade no dia em que sairá de casa e não precisará mais do sustento de seus pais. Liberdade como sinônimo de autossuficiência.

Há quem confunda liberdade com isenção de responsabilidade. Ser livre seria poder tomar decisões sem ter que se preocupar com as consequências. Como quando alguém acusa Deus de não dar real livre-arbítrio na medida em que não isenta dos desdobramentos que as escolhas acarretam. Liberdade como o direito de viver sem compromisso. Esquecem o que afirmou John Stott quando escreveu que o homem é livre para fazer escolhas e responsável pelas escolhas que faz.

Liberdade é a vitória do ser sobre tudo que o aprisiona, limita e diminui. Liberdade não é independência, pois a dependência mútua jamais nos apequena, mas engrandece. Liberdade não é isenção de responsabilidade, pois esta jamais nos anula, senão que nos eleva. Ser livre é ser capaz de superar as cadeias que impedem o fluir da vida.

Existem diversos fatores de aprisionamento. Basicamente, são de dois tipos: externos e internos. Os externos conhecemos bem: sistemas prisionais, cárceres privados, até castigos. Quem nunca proibiu um filho de sair do quarto? Mais difícil, no entanto, é discernir os fatores internos, os quais aprisionam a alma e limitam a realização do ser. A princípio, são quatro: medos, marcas do passado, mentiras e vícios.

Os medos aprisionam porque impedem que ultrapassemos barreiras ou enfrentemos desafios. Roubam a confiança, minam a autoestima e prejudicam o livre exercício das virtudes pessoais.

As marcas do passado, traumas, mágoas e complexos, funcionam como correntes e pesos que trazemos amarrados ao corpo. Vão conosco para onde formos, atrapalhando movimento e mobilidade.

As mentiras aprisionam porque exigem inúmeros esforços para manterem-se. Uma chama a outra. Quem mente vira escravo das mentiras que contou e refém permanente dos riscos de a verdade vir à tona.

Os vícios, finalmente, aprisionam alma e corpo, pois transformam escolhas equivocadas e prejudiciais em condicionamentos contras os quais é difícil lutar. Uma pessoa viciada é aquela que já não tem liberdade para prescindir do objeto de sua obsessão.

Por isso, em primeiro lugar, é preciso identificar os agentes de aprisionamento presentes em nossa vida. Quais são os fatores de aprisionamento que me diminuem como pessoa criada à imagem e semelhança de Deus? Então, em segundo lugar, é preciso tomar atitudes corajosas, pois liberdade e coragem andam juntas. Para vencer o medo, a coragem de confiar. Para vencer marcas do passado, a coragem de perdoar e pedir perdão. Para vencer a mentira, a coragem de falar a verdade. Para vencer os vícios, a coragem de pedir ajuda. Aliás, este será sempre um passo importante: pedir ajuda, sobretudo de Deus.

Jesus é nossa referência de liberdade e também quem nos liberta de toda escravidão. Ele nos liberta do pecado e do mal que estão na base de todos os demais fatores de aprisionamento. Como Ele mesmo disse: se o filho os libertar, vocês verdadeiramente serão livres! E a liberdade é excelente! E gente excelente é gente livre!”

Marcelo Gomes

Prosperidade Verdadeira


(Salmo 25:12-13, Salmo 128, Provérbios 11:24-25 e Jeremias 29:7)

”Prosperidade é conceito bíblico: Quem é o homem que teme o Senhor? Ele o instruirá no caminho que deve seguir. Viverá em prosperidade. Seus descendentes herdarão a terra (Salmo 25:12-13). Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza. O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá (Provérbios 11:24-25). Contudo, é preciso saber exatamente o que a Bíblia chama de prosperidade.

Prosperidade não é sinônimo de riqueza. Riqueza é uma coisa, prosperidade é outra.  Certamente, há um campo de intersecção entre as duas, mas não são idênticas. O contrário de prosperidade não é pobreza, mas prodigalidade. Há ricos (segundo critérios materiais) pródigos e pobres (segundo critérios materiais) prósperos. O futuro dirá como serão. E para que possamos entender o que realmente é prosperidade, alguns princípios precisam estar claros em nossas mentes e corações.

1. Prosperidade não é produto, mas caminho. Não é alguma coisa que a gente tem, mas uma história que a gente escreve e um modo de lidarmos com aquilo que a gente tem. Não vem com um conjunto de bens, mas com o hoje que é melhor que o ontem. Por isso, a pessoa que deseja prosperar precisa ter uma DISCIPLINA excelente!

2. Prosperidade não é posse, mas relação. Não é o que a gente tem, mas o modo como a gente se relaciona com o que tem. Não vem com a riqueza, mas com a alegria de desfrutar as diversas riquezas que a vida proporciona. Por isso, a pessoa que deseja prosperar precisa ter um CONTENTAMENTO excelente!

3. Prosperidade não é conquista, mas fruto. Não é alguma coisa que a gente toma ou ganha, mas alguma coisa que a gente planta e colhe. Não vem num golpe de sorte, mas resulta de uma construção diária e dedicada. Por isso, a pessoa que deseja prosperar precisa ter uma PERSEVERANÇA e uma PACIÊNCIA excelentes!

4. Prosperidade não é desfecho, mas impulso. Não é um lugar onde a gente chega, mas um mirante de onde a gente vislumbra para onde vai. Não vem como realização de um sonho, mas como um convite a não deixar de sonhar. É um chamado à constante renovação. Por isso, a pessoa que deseja prosperar precisa ter uma ESPERANÇA excelente!

5. Prosperidade não é individual, mas comunitária. Não é sobre quanto a gente tem, mas sobre quanta gente a gente abençoa. Não vem com o acúmulo de bens, mas com a construção de amizades verdadeiras e relacionamentos em amor. Por isso, a pessoa que deseja prosperar precisa ter uma GENEROSIDADE excelente!

6. Prosperidade não é valor material, mas espiritual. Não é sobre o que a gente tem, mas sobre quem a gente é. Não vem com uma vida material bem sucedida, mas com uma vida espiritual bem nutrida. Afinal, daqui a cem anos, não importará o que você teve, mas onde você está. Até porque, segundo a Bíblia Sagrada, onde quer que você esteja, estará para sempre. Por isso, a pessoa que deseja prosperar precisa ter uma vida excelente de FÉ EM CRISTO E OBEDIÊNCIA A DEUS!

E por falar em ricos e pobres, vale lembrar da parábola de Jesus sobre um homem que tinha riquezas, mas era avarento, e um que vivia como mendigo. Ambos morreram. Este, apesar de sua miséria, foi recebido por Abraão. Aquele, apesar de seus bens, foi para o inferno. Na perspectiva do fim, qual prosperou e qual não? A eternidade diz tudo! E para sempre dirá!”

Marcelo Gomes

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Excelência - Qualidades Pessoais


(1 Samuel 18:5, Provérbios 22:29, Romanos 12:6-8 e 1 Pedro 4:10-11)

Blaise Pascal defendeu que nós “nunca amamos as pessoas; o que amamos são as suas qualidades”. Balthasar Gracián escreveu que é preciso “tornar indispensáveis nossas qualidades, de modo que se note que o cargo precisava de nós e não vice-versa. Há quem honre sua posição, outros são honrados por ela”. Enfim, ninguém pode negar as vantagens e benefícios que nossas qualidades pessoais proporcionam. Feliz a pessoa cujas qualidades são abundantes e evidentes diante dos que a cercam.

Qualidades são atributos desejáveis e positivos da personalidade, do caráter e do comportamento humanos. São predicados do sujeito, pelos quais recebe elogios e recompensas. São opostas aos defeitos, embora uma reflexão mais profunda sugerirá que podem ser dois lados de uma mesma moeda. Mas esta é uma outra questão. Qualidades são importantes. Devem ser buscadas com zelo e alimentadas com dedicação.

As qualidades humanas estão divididas, basicamente, em quatro grupos:

1. AS VIRTUDES MORAIS são qualidades que ajudam o sujeito a OBSERVAR PRINCÍPIOS E VALORES de seu grupo social. Fazem uma pessoa honesta, responsável, confiável, trabalhadora. Tornam-nos exemplos, quando as possuímos. Contudo, é possível que alguém conviva conosco, reconheça nossas virtudes e até as admire, mas ainda assim não as apresente nem deseje em sua própria vida.

2. AS HABILIDADES GERAIS são qualidades que ajudam o sujeito a DESEMPENHAR FUNÇÕES E TAREFAS, as quais normalmente exigem conhecimento e técnica. Requerem prática insistente, hábito (habilidade e hábito têm raiz no verbo habere, latim, que significa “segurar, manter”). Capacitam a pessoa a fazer o que deve fazer da melhor maneira possível, mas nem sempre a ajuda a ser quem ela deve ser ou o melhor que poderia ser.

3. OS TALENTOS NATURAIS são qualidades que ajudam o sujeito a DESTACAR-SE em REALIZAÇÕES OU ÁREAS DE ATUAÇÃO que não apresentam nenhuma facilidade para a maioria das pessoas. E as talentosas desenvolvem-nas tranquilamente, sem necessidade de grande esforço. Geralmente, são mais simples de identificar nas artes, nos esportes ou mesmo na política, embora apresentem risco de negligência e orgulho, uma vez que pessoas talentosas são, grosso modo, autoconfiantes.

Em geral, estes três grupos são bastante óbvios e contemplam a maioria das qualidades que desejamos ou admiramos em outros. Ocorre, porém, que é no quarto grupo que estão aquelas que mais precisamos, as quais envolvem nosso relacionamento com Deus e Seus propósitos para nossa vida:

4. OS DONS ESPIRITUAIS são qualidades que ajudam o sujeito a TRANSFORMAR O MEIO E AS PESSOAS por uma ação inspiradora e construtiva. São manifestações inequívocas da graça de Deus (traduzem o termo grego charismata, cuja raiz é charis, que significa “graça”), que os concede livre e soberanamente para todos que Dele se aproximam com fé e de coração. Vão além das virtudes, das habilidades e dos talentos. Fazem uma pessoa instrumento nas mãos do Senhor. E o Senhor é quem transforma pessoas e circunstâncias à nossa volta.

Paulo escreveu que devemos buscar com zelo os melhores dons. Assim, somados às nossas demais qualidades, eles nos ajudarão a ultrapassar os limites do exemplo e da inspiração, levando-nos a ser agentes de transformação. E isso, sim, é excelente!

 Mensagem pregada pelo Pr. Marcelo Gomes no culto das mulheres da Primeira IPI - Maringá no dia 15/05/2013.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Excelência - A pessoa certa pra você


 (João 13:1-10)

O pastor saía do templo, após celebrar o culto com a igreja, quando foi abordado por um jovem com a seguinte pergunta: “como posso ter certeza que escolhi a pessoa certa para me relacionar?” Ao que o pastor respondeu: “talvez não possa, mas pode perguntar a si mesmo se você é a pessoa certa para aquelas que estão ao seu lado”. E o jovem saiu com muito para pensar.

Normalmente, grande parte de nossa reflexão sobre relacionamentos diz respeito aos outros, a quem julgamos com os critérios que temos para decidir se são as pessoas certas para seguirem conosco no caminho que trilhamos. Será que estou com a pessoa certa? Será que escolhi o sócio certo? Será que votei no candidato certo? E assim por diante. Mas nem sempre questionamos a nós mesmos. Será que temos sido as pessoas certas? Será que eu tenho sido a melhor companhia para aqueles que já estão ao meu lado? Esta é a questão fundamental para quem tem compromisso com a excelência.

Gente excelente não está a procura de relacionamentos excelentes, como se eles pudessem ser encontrados ao acaso ou caíssem do céu. Gente excelente quer ser excelente em todos os relacionamentos que tem, na certeza de que pode contribuir com a construção da identidade do outro e influenciar positivamente aqueles que a cercam. Gente excelente não está tão preocupada com o escolher como está comprometida com o ser. Assim como Jesus, que não escolhe as pessoas certas, mas é a pessoa certa para abençoar e transformar todos aqueles que com Ele se relacionam.

Jesus nos ama e nos acolhe não porque somos as pessoas certas, mas especialmente porque não temos condições de fazer nada direito sem a ajuda Dele. Não espera beneficiar-se de nossa identidade, mas fortalecê-la em Sua graça e misericórdia. E pode fazer isso porque não depende de nosso afeto ou reconhecimento para estar seguro de sua própria identidade. Ele sabe que é o Filho de Deus e que tem o amor do Pai. Por isso, somente assim também nós, convictos do amor de Deus e de nossa segurança Nele, poderemos amar as pessoas que nos cercam sem demandar o favorecimento de nossa autoestima.

Porque Jesus sabe quem é e está seguro no amor de Seu Pai, também está disposto a servir os seus amigos. Ele mesmo nos chamou seus amigos. Não precisa impor-se ou repetir insistentemente sua supremacia em relação a nós. Só quem não sabe quem é precisa crescer sobre os outros; quem sabe, pode até diminuir-se. E jamais o fará por vitimismo ou complexo, mas por desejo de servir e convicção de que pode ajudar. Jesus não tomou como algo de apego o ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, assumiu forma humana, como homem foi servo, e como servo foi obediente até morrer numa cruz. Quer exemplo melhor que este?

Enfim, gente excelente se faz gente certa para estar ao lado da gente porque nos ajuda a chegar mais perto de Deus. Jesus fez o que fez para nos abrir um novo e vivo caminho para Deus. Em seu nome pedimos e recebemos. Em seu nome somos salvos. Por Ele e com Sua ajuda, assumimos a responsabilidade de também conduzirmos nossos amigos para mais perto de Deus. E não poderíamos fazer nada melhor por eles.

Excelência - Virtude


 (Provérbios 2:20-22 e 2 Pedro 1:5-8)

Se você procurar num dicionário o significado de “virtude”, certamente encontrará palavras como “bom”, “bem”, “qualidade” e “atributo”. Nenhuma grande novidade. Normalmente, todos temos alguma noção do conceito por trás desta palavra. Contudo, se você fizer uma pesquisa mais atenta e um pouco mais aprofundada, descobrirá que outra palavra aparece com frequência. É “constância”. Virtude e constância andam sempre juntas. Não são atos pontuais e corriqueiros que fazem uma pessoa virtuosa, mas um compromisso permanente, contínuo, com valores e princípios que norteiam suas escolhas.

Daí surgem os problemas. Tudo que envolve constância e perseverança tende ao cansaço e ao desânimo. Nossa dificuldade não está em saber do que trata a virtude, mas em descobrir caminhos para seguir em sua busca apesar dos desgastes e desincentivos que se nos oferecem. Por que ser virtuoso numa sociedade viciada e sem alicerces morais? Por que remar contra a corrente ou andar na contramão? Por quatro razões:

1. Somente a virtude me ajudará a manter a vida no trilho. A vida descarrila com facilidade. Nossos deslizes costumam chamar outros. Em linguagem bíblica, “um abismo chama outro abismo”. Sabe aquela história de “já estraguei meu regime, mesmo, que seja”. A gente se sente mais inclinado a errar quando já conhece o caminho do erro. E o mesmo vale para o que é certo, pois cada vitória surge como motivação para continuar com o esforço. E a vida segue no trilho.

2. Somente a virtude me fará uma pessoa confiável. O mundo é carente de gente confiável. O próprio mundo não é confiável. Sistemas mudam, regimes caem, economias outrora sólidas simplesmente quebram. E as pessoas mudam, desistem, voltam atrás, traem, mentem, apunhalam pelas costas. Dizem que vão, mas nem aparecem. Combinam horários, mas Deus que nos perdoe! Cultura do atraso! Já foi buscar um produto ou serviço que estava agendado para ser retirado e não estava pronto? Pois bem: gente confiável, não demora, será mais valiosa que diamante. Gente como aquela que o Salmo 15 celebra (leia e entenderá)…

3. Somente a virtude me conferirá real poder de influência. Tem um respeito que nem todo dinheiro do mundo pode comprar. Um dia, alguém quererá saber o que você tem a dizer, não porque ficou rico ou tem diplomas na parede do escritório, mas porque vive uma vida séria. Um dia, seu próprio filho dirá que quer ser como você, não por medo do castigo, mas por profunda e verdadeira admiração. Será nesse dia que nossa mensagem ganhará os corações daqueles que nos cercam.

4. Somente a virtude me trará verdadeiro contentamento. Contentamento com as coisas é sempre passageiro. Terminado o deslumbramento inicial, passada a euforia da conquista ou da vitória, os sentimentos comuns voltarão à cena. E quem depende de coisas materiais para estar contente, cedo ou tarde, já não conseguirá ficar contente sequer no momento em que as conquistar. O único contentamento que permanece é aquele que a gente sente com a gente mesma, pelo que Deus está fazendo na nossa vida. Sabe aquela conversa de Paulo sobre ser contente em qualquer situação? É isso! Tudo posso Naquele que me fortalece. E ninguém precisará de dicionário para saber o que isso significa…

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Saúde interior X Enfermidades da Alma


(Provérbios 3:7-8 e Provérbios 9:7-9)

Normalmente, consideramos as enfermidades como algo próprio do corpo. Por isso, quando ficamos doentes, procuramos tratamentos que estejam relacionados à nossa química e demais aspectos da vida física. Até médicos, por melhores que sejam, podem cair na tentação de examinar e cuidar apenas do corpo, sem levar em consideração as necessidades que ultrapassem os limites de nossa constituição biológica.

A vida é mais do que o corpo. O ser humano, em linguagem bíblica, é alma vivente (Gênesis 2:7): corpo modelado da terra e fôlego de vida do Criador nas narinas. Portanto, deve cuidar do corpo e da alma. Do interior e do exterior. Como escreveu Paulo: “embora exteriormente nos desgastemos, interiormente somos renovados dia após dia” (2 Coríntios 4:16). E mesmo a ciência já descobriu esta verdade, tendo chamado nossa atenção para as chamadas doença psicossomáticas (palavra de origem grega, une os substantivos psique e soma, respectivamente alma e corpo), isto é, doenças do corpo que nasceram na alma.

Contudo, há doenças próprias da alma. Elas podem ou não se manifestar no corpo, mas são próprias da alma. Para viver de modo excelente, é preciso saber preveni-las ou, se for o caso, diagnosticá-las e tratá-las de modo correto. Principalmente as mais graves, que são três: a estupidez, o rancor e a ingratidão.

Estupidez é doença da alma. Faz do ser humano um animal irracional. Leva-o a agir por impulsos e instintos, quando foi dotado de uma capacidade maravilhosa de pensar e agir por convicções, valores, princípios. Por isso, chamo a estupidez de enfermidade limitadora. Atinge a alma como uma cegueira ou uma surdez atinge o corpo. Impedem a pessoa de desfrutar de uma faculdade fundamental para a vida. No caso destas, a faculdade de ver ou ouvir. No caso daquela, a faculdade de refletir.

Para prevenir ou tratar a estupidez, o mesmo remédio: reflexão profunda, espiritual. Coragem para interromper, vez ou outra, o curso comum das coisas e meditar nos ensinamentos de Deus para a mente e o coração. Como escreveu Paulo: transformem-se pela renovação da mente, para que experimentem a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Rancor é doença da alma. Chamo-a de enfermidade degenerativa. Faz com que o ser humano definhe como quem definha com um câncer avassalador. A Bíblia usa a expressão “raiz de amargura”, numa alusão ao fato de que cresce no interior da vida, destruindo o que encontra pela frente. Apequena, encolhe e inibe a pessoa, que passa a viver em função de suas mágoas e aprisionada a um passado doloroso e contínuo.

Para prevenir ou tratar o rancor o remédio é um só: exercício decidido e firme do perdão. Não importa o merecimento, a culpa, o prejuízo ou a restituição. Perdão não é favor que fazemos ao ofensor, mas um bem que fazemos a nós mesmos. É obediência a Deus, em primeiro lugar. E como uma cirurgia de emergência ou quimioterapia, perdão é desafio imediato, não pode esperar. O risco é a morte da alma, ainda que o corpo continue vivo.

Enfim, a ingratidão é doença da alma. Enfermidade infecciosa e contagiosa. Infecciosa porque rouba o vigor e a saúde de tudo mais. Contagiosa porque afeta quem convive com o doente. Se não tratada, confinará o enfermo ao isolamento na vida e à morte precoce de todos os seus sonhos e esperanças.

Para prevenir ou tratar a ingratidão, e é sempre melhor prevenir que remediar, somente a gratidão em doses diárias e generosas. Paulo diria: “em tudo deem graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para vocês” (1 Tessalonicenses 5:18). Agradecer sempre, mesmo por aquilo que não queremos ou gostamos, porque temos a Cristo e Ele nos basta: sinal de saúde de alma. Vida longa para o agradecido. Ou melhor: VIDA ETERNA!

Pr. Marcelo Gomes - Primeira IPI Maringá, 17/04/13 - culto das mulheres.

 

 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

EXCELÊNCIA E CONCENTRAÇAO


(Provérbios 4:25-27 e Hebreus 12:1-3) 

Pessoas excelentes são concentradas. Pessoas excelentes têm foco. Sabem quem são e para onde estão seguindo. Não querem perder tempo nem andar em círculos. Já descobriram, por experiência, que todo deserto tem suas fronteiras e só não as encontram os que sentam para lamentar ou permanecem andando em círculos.

A Bíblia Sagrada incentiva-nos à concentração e ao foco:

Olhe sempre para frente, mantenha o olhar fixo no que está adiante de você. Veja bem por onde anda e os seus passos serão seguros. Não se desvie nem para a direita nem para a esquerda; afaste os seus pés da maldade (Provérbios 4:25-27).

Livremo-nos de tudo o que nos atrapalha, do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, olhando firmemente para Jesus, autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12:1-20).

Contudo, vivemos num mundo que dificulta qualquer exercício de concentração e foco. Por isso, precisamos identificar tais dificuldades e encontrar meios de enfrentar e vencer os desafios que nos impõem. Por ora, mencionaremos quatro inimigos da concentração e suas principais características:

1. A infinidade de opções do mundo contemporâneo. É uma característica da pós-modernidade que chamamos pluralismo. Há oferta em demasia para quase tudo. Todos os dias somos bombardeados por informações, oportunidades e possibilidades sem fim. Nossas escolhas tornaram-se mais frequentes e, ao mesmo tempo, mais complexas. Por isso, vivemos mais atentos em relação a tudo e mais distraídos em relação ao fundamental. Queremos desfrutar da vida ao máximo e perdemos a percepção do cuidado com o que vale a pena. Queremos tudo e ficamos sem nada. Como disse Jesus: que adianta ao homem ganhar o mundo e perder a alma?

2. Os conteúdos interiores mal resolvidos. Complexos de inferioridade, mágoas e ressentimentos, questões de autoestima e carências emocionais podem se misturar às razões que deveriam nos levar a fazer o que fazemos. Uma pessoa pode fracassar no desempenho de uma tarefa ou até de um relacionamento por permitir que suas lacunas internas interfiram nas suas capacidades e habilidades para cumprir seu papel em cada ocasião. Conteúdos interiores mal resolvidos tiram nosso foco e prejudicam nossa vida. Por isso, o conselho da sabedoria bíblica é tão importante: guarda o teu coração porque dele procedem saídas para a vida!

3. A supervalorização dos incidentes e contratempos. Ao que tudo indica, desejamos uma vida sempre ascendente, meteórica e sem percalços. Quando algo sai do controle ou dá errado, nossa reação indica que não estamos apenas lidando com o fato em si, mas considerando-o um golpe a mais em nosso projeto de sucesso e realização. Por isso, muita gente muda de rumo a qualquer dissabor. É gente que navega ao sabor do vento e não em direção ao destino. É gente que murmura de tudo e nunca está satisfeita. É gente que esquece que Deus age em todas as coisas para o bem dos que o amam.

4. A ausência de uma reflexão profunda sobre o que é realmente importante. Quais são nossas verdadeiras prioridades? Somos capazes de fazer uma lista, em ordem decrescente de importância, de nossos valores mais caros e nossas experiências prioritárias? Será que não temos invertido a ordem das coisas e, por isso, arcado com custos elevados em nossa vida? Como disse Jesus: Busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e Sua justiça; as demais coisas serão acrescentadas.  Gente concentrada em Deus nunca perde o foco. É gente excelente.
 
Mensagem pregada pelo Pastor Marcelo Gomes da Primeira IPI de Maringá no culto das mulheres em 20/03/2013.

MOTIVAÇAO - EXCELÊNCIA


(Filipenses 4:8, Mateus 7:7 e Atos 26:22) 

“Duas palavras já viraram “arroz de festa”: excelência e motivação. O ambiente empresarial e profissional tornou-as obrigatórias em todo debate sobre desempenho, produtividade, trabalho em equipe ou crescimento pessoal. E como acontece com tudo que é explorado à exaustão, os termos sofrem com a banalização do seu uso e a má compreensão de seu real significado.

Excelência é palavra latina: excellentia (elevação, grandeza, superioridade). Deriva do verbo excellere (erguer, elevar), que é uma junção entre o prefixo ex (para fora) e o verbo cellere (erguer), o qual é aparentado do substantivo collis (colina, lugar onde se sobe). Portanto, excelente é o que se destaca como alto, elevado. É o que sobe, cresce. Voa melhores vôos. E se não pode ser tomado por uma superioridade, sem dúvida o será por uma superação.

Motivação é mais simples de conceituar. A própria palavra sugere sua definição. Motivação é o motivo que gera a ação ou, se preferir, a ação que acompanha o motivo. Uma pessoa motivada é uma pessoa que desempenha seu papel por motivos próprios, sem que precise ser manivelada por aqueles que estão à sua volta.

Excelência e motivação estão intimamente ligadas. A excelência obriga a reflexão sobre os “por quês” de nossas ações ou mesmo da busca da própria excelência. Não é excelente quem não tem absoluta clareza a respeito de seus verdadeiros motivos. Aliás, quem não sabe por que faz o que faz, corre o risco de fazer errado ou sem necessidade. E também é uma bomba-relógio, prestes a explodir.

Alguns desafios que se impõem na questão da excelência-motivação:

1. É preciso descobrir motivações para a excelência. Ninguém pode fazer isso por ninguém, senão cada um por si mesmo. Contudo, não se pode esquecer que há motivos bons, como as convicções, os princípios, os valores, a família, e maus motivos, como a ganância, a inveja, os ressentimentos, os interesses mesquinhos, etc. Vale lembrar que Deus se importa com nossas motivações, a ponto de nos lembrar na sua Palavra que, se alguém der seus bens aos pobres ou entregar seu corpo para ser queimado e não tiver amor, não terá feito nada que tenha valor (cfe. 1 Coríntios 13:1-3).

2. É preciso criar mecanismos permanentes de motivação. A automotivação não pode depender apenas das decisões pontuais e circunstanciais da pessoa, mas precisa ser ajudada por recursos e ambientes pré-definidos de incentivo. É assim que se descobre que, embora ninguém possa motivar uma pessoa se ela mesmo não se motivar, é possível contribuir de forma positiva com quem decidiu se motivar e está criando espaços de suporte motivacional. O outro sempre tem alguma importância em todo processo.

3. É preciso repensar, vez em quando, as próprias motivações. Existem dois riscos. O primeiro é a contaminação das motivações: começar bem e terminar mal, começar certo e terminar errado. O segundo é o risco do ”piloto automático”, quando a motivação deixa de ser consciente e dá lugar aos sentimentos que as circunstâncias provocam. Quem se deixa guiar pelos sentimentos cedo ou tarde não consegue mais encontrar motivação.

4. É preciso que cada um se torne experiência motivacional para o outro. Vivemos num mundo desmotivante, desanimador. A excelência motivada será sempre uma inspiração para os que estão à volta e, contagiando um ou outro, certamente colaborará com a construção de um mundo melhor. Como nos inspirou Jesus (e ninguém foi mais motivado): “no mundo vocês terão aflições, mas tenham bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33).

E gente excelente, motivada em Deus, sempre vence. Inclusive, o mundo...
Mensagem pregada pelo Pastor Marcelo Gomes no culto das mulheres da Primeira IPI de Maringá em 13/03/2013.

COMPROMISSO COM A EXCELÊNCIA

(Daniel 6:1-3, Provérbios 18:22 e Filipenses 4:8)

 TEMA: excelência.

Uma vez que Deus é excelente, Ele não merece nada menos do que a excelência.  Excelência vem do latim que tem a ver com elevação, grandeza e superioridade. Talvez o conceito de excelência seja o de uma vida que se eleva, a ponto de se destacar acima da mediocridade.  Um dos antônimos de excelência tem a ver com o que é médio ou mediano. O cristão precisa estar consciente de que a sua vida é uma referência.  Precisa brilhar com o brilho de Cristo.  Paulo uma vez disse: “Sejam meus imitadores como eu sou de Cristo, olhem para mim, façam como eu faço porque eu não faço nada diferente do que Cristo faria”.  Nosso Deus é excelente.  Jesus é excelente, a vida de Jesus é nosso modelo de excelência. Jesus disse: “Eu sou o pão vivo, a luz do mundo a videira verdadeira, o caminho a verdade e a vida”. Precisamos que o Espírito de Deus invada nossa vida e viva não só em nós, mas através de nós.  Este texto diz que Daniel se destacou porque nele havia um espírito excelente. Durante toda a vida de Daniel, as pessoas perceberam que havia um Espírito diferente, não estranho, mas excelente e por isto se destacou, pode honrar a Deus, ter seu nome escrito no livro da vida e ser abençoado por Deus.

De que excelência estamos falando? Precisamos entender a importância da excelência em nossa vida.  ) Quando você nasceu, descobriu rapidamente que o que você precisa para viver, vem de outra pessoa.  ) O tempo passa e você descobre que não precisa só do que o outro lhe dá, mas precisa do amor que o outro pode lhe dar, que é mais do que alimento. ) O amor é uma coisa complexa e você não sente que merece este amor, então se sente ameaçado e começa a esforçar-se para ser merecedor  deste amor.

Até aí estamos falando de coisas próprias do universo infantil, mas você corre o risco de permanecer neste estágio, pois você acha que está perdendo nesta luta e começa a se indispor, competir e rivalizar com os outros. Quando percebemos que estamos perdendo o jogo, nosso complexo de inferioridade começa a crescer e alimentar insegurança. Aí, em algum momento de nossa vida o diabo sopra a ideia de que para vencer este complexo de inferioridade temos que migrar para a superioridade, e achamos que a liberdade está em ser o centro, em destacar o nosso valor, nossas qualidades.  Você não percebe, mas começa a desenvolver uma postura de superioridade, que é tão ruim quanto a de inferioridade, porque você está no centro para receber amor, aplauso e reconhecimento.

A excelência nasce da descoberta do evangelho de Jesus, que diz que você é muito amada de Deus, de Jesus.  Jesus morreu por você.  Há um lugar no céu de Deus para você.  A excelência não é um jeito de se provar na vida, nem para você mesma nem para Deus.  Excelência é a decisão de subir a montanha não porque no cume tem algo para você conquistar, mas porque no caminho desta montanha tem um Deus que nos ajuda em tudo.  Toda busca que você fez e todo sofrimento que sentiu, agora são vencidos pela presença do amor de Deus, que a ama como você é. Você não está em disputa com ninguém porque Ele consegue ser o Deus de cada um e de todos ao mesmo tempo. Contudo, quem continua prisioneiro deste jogo, continuará tentando agradar pessoas para ter certeza do seu amor. 

1º. Excelência é mais um compromisso do que uma conquista, é mais um processo do que um resultado, é mais um caminho do que uma chegada.  É um caminho que a gente traça na presença de Deus.  Por que você está aqui?  Não é porque você um dia decidiu caminhar com Deus?

2º. Excelência é muito mais um conjunto de esforços do que uma facilidade.  Às vezes confundimos excelência com habilidade.  Ter habilidade não é necessariamente excelência.  Há pessoas que fazem coisas excelentes, mas deixam outras desmoronarem.  Tem acesso, possibilidade, mas não levam isto a sério.  Na excelência, havendo ou não um acesso, há um desejo de abrir este caminho.  Há um compromisso com um conjunto de esforços para levarmos a vida como Deus quer para nós.  Não temos facilidade para orar, para ler a bíblia, mas há pessoas que entenderam que é melhor gastar tempo diante de Deus do que diante da TV, ou com pessoas que te levam para baixo. Ninguém tem facilidade para viver uma vida íntegra, mas tem gente que entendeu que o pecado não vale a pena. É uma construção diária que precisa de fundamento e alicerces.

3º. Ter excelência é mais uma questão de caráter que de talento, é muito mais uma virtude da alma do que do corpo. O que você faz pode ser excelente, mas não necessariamente faz de você uma pessoa excelente. Pessoas excelentes são tratadas no caráter e não nos feitos que realizaram. Têm a alma tratada por Deus.  É mais um ser do que um ter ou um poder.  Enfim, excelência significa que Deus está trabalhando sua vida e que você quer ser uma pessoa segundo o coração de Deus.  Daniel era excelente porque havia um Espírito excelente que habitava o seu coração. Quem foi este homem e porque Deus fez o que fez na vida dele?  Nós precisamos ser cheios do Espírito. Se você for cheia do Espírito Santo, seus complexos de inferioridade serão vencidos, suas carências, medos e inseguranças serão lançados nas mãos de Deus. Se você for cheia do Espírito, não são os problemas que vão afetá-la, mas você é quem que irá afetar os problemas.

Se você veio com uma luta, há um pedido no seu coração para Deus hoje aqui, quero pedir que você hoje priorize um Espírito excelente em sua vida. Um espírito excelente é o Espírito Santo vivendo em nossa vida, fazendo de nossa vida uma benção para as pessoas que nos cercam.
 
Mensagem do Pastor Marcelo Gomes da Primeira IPI - Maringá no culto das mulheres do dia 06/03/2013.