terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Lições sobre o perdão

(Mateus 18:21-35)
 
São duas as afirmações que podemos extrair deste texto:
1. Para aprender sobre o perdão, ou outros assuntos, é preciso estar disposto a superar preconceitos e limites. No judaísmo havia um limite para perdoar, sete vezes. Pedro queria verificar a validade desse preceito com Jesus, que disse para perdoar 70 vezes sete, que são 490 vezes! Isso certamente mexeu com Pedro e os outros discípulos. No texto paralelo do evangelista Lucas, ele diz que um dos discípulos teria dito "aumenta-nos a fé", pois é preciso uma fé maior para fazer isso, ao que Jesus teria contado a parábola do grão de mostarda. "Se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, vocês dirão para uma montanha: "saia daqui" e ela obedecerá." É como se Ele estivesse tentando dizer o seguinte: "Não é de uma fé maior que vocês precisam, mas de uma fé mínima, porque se ela fosse do tamanho de um grão de mostarda não é só perdoar que vocês seriam capazes, mas de mudar a geografia do mundo". Perdoar é uma das artes que mais caracterizam a vida cristã, ao ponto de ter sido a única questão que Jesus apresentou em termos condicionais – se perdoarmos seremos perdoados, se não perdoarmos também não seremos perdoados. Precisamos deixar Deus tratar o nosso coração.
2. Para exercitar o perdão, preciso saber que o perdão é mais importante para quem dá do que para quem o recebe. Perdoar é ser abençoado de uma forma que nem imaginamos.
Jesus ilustrou essa afirmação com uma parábola. A dívida de que fala a parábola era um valor impossível de pagar. É o que Jesus quer deixar claro. O rei tem que punir de alguma forma o devedor, mas ele o perdoa. Esse sujeito, o que foi perdoado, encontra um conservo (um igual a ele) que devia muito menos, e exige o pagamento da dívida. Como este não tem o dinheiro para pagar, o que foi perdoado primeiro joga o seu devedor na cadeia. Os outros conservos ficam indignados com isso e contam ao rei, que revoga o perdão do primeiro. Jesus diz que o mesmo acontecerá conosco.
Aprendemos três lições:
1ª. Quem oferece perdão é mais beneficiado do que quem é perdoado. O primeiro passo para uma grande vitória espiritual começa com o reconhecimento de que somos todos devedores. Algumas pessoas perguntam como podemos perdoar algo o assassino de um filho, p. ex. Porém escorregamos com as coisas do dia-a-dia, as quais não conseguimos perdoar. Tenho que começar o pequeno, como perdoar um vizinho que incomoda. Ninguém tropeça em montanhas, mas em pedregulhos. Deus me dá um perdão global, daquilo que eu devo na vida inteira. Quem sou eu para julgar. Diante de Deus eu sou devedor.
2ª. Quem oferece perdão é mais abençoado do que quem é perdoado porque descobriu que não é a vítima. Do ponto de vista do céu. O agressor é mais miserável do que o agredido. Ele irá prestar contas à Deus.
3ª. Quem oferece perdão é mais abençoado do que quem é perdoado porque não se torna refém dos maus sentimentos. Gente que guarda mágoa se torna má. Esses maus sentimentos são capazes de estragar o que a pessoa tem de bom.
4ª. Quem oferece perdão ganha mais do que quem recebe perdão. É mais abençoado.
5ª. Quem oferece perdão recebe perdão de Deus. Para receber perdão de Deus é preciso também dar perdão.

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