(Mateus 14: 22-32)
O
que é um fantasma? Uma alma sem corpo? Alguém que já morreu e continua
assombrando quem não morreu? Talvez nem acreditemos em fantasma. Podemos dizer
que fantasma é aquilo que a gente vê quando a visão está prejudicada pelas
circunstâncias e, ao mesmo tempo, a compreensão prejudicada pelo desconhecido.
Na linha da minha vista há informações que podem me confundir, que não eram a
realidade. Os discípulos viram um fantasma e ficaram com muito medo. Quem era o
fantasma? Era Jesus, à noite, com tempestade, caminhando sobre a água até o
barco no mar. As circunstâncias prejudicaram a visão e a compreensão foi
prejudicada pelo desconhecido, pois nunca imaginariam que alguém pudesse ir
caminhando até o barco. Era algo impossível para eles.
Todos
temos fantasmas nos assombrando: circunstâncias confusas, situações que não
compreendo e que não esperava. As pessoas que deveriam estar ajudando não estão,
mas atrapalhando. Vem o medo de o casamento acabar, do que vai ser de meu
filho, do resultado de um exame... E a sensação de que a qualquer momento a vida
vai naufragar. As coisas não eram como os discípulos estavam vendo. Assim pode
acontecer com a minha vida. Mas logo vem Jesus me surpreender, dar a
compreensão do que está acontecendo e tirar o meu medo. E o que não sei
enfrentar, é Ele chegando. A tempestade já vai passar. O medo é a falsa
impressão transformada em perigo real. O medo na vida do cristão é a impressão
(falsa, limitada) que ele tem da vida transformada em perigo real. Não
compreende o que Deus está fazendo. Não está enxergando Jesus. Transforma a percepção
humana em realidade absoluta.
Como
vencer os desafios no mar da vida?
1. Enfrente seus medos e
tente algo diferente. Pedro era uma pessoa totalmente pronta a ser lançar
ao protagonismo da história. Ele queria aprender a andar sobre as águas. Mas o
que nós queremos é que Deus ponha fim a minha tempestade. Pedro tem outra
lógica: “Se és Tu, eu também posso andar em cima de tudo isso que estou
vivendo. Se és Tu, uma ordem tua pode me fazer andar sobre a água.” Este texto entrou
para a história porque Pedro afundou (o que é verdade), mas pouca gente se
lembra que ele foi o único a descer do barco. Que coragem! O barco era o único
ponto de segurança humana que ele tinha. Deus está nos convidando a mudar de
atitude. Talvez falar menos e orar mais. Descer do barco dá medo porque parece
firme. É a tábua de salvação. Mas quem aprendeu a andar sobre as águas não
precisa de tábua de salvação. Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem
presente na hora da angústia. Jesus é o novo e vivo caminho.
2.
Estabeleça um ponto de referência melhor. Pedro olhava para Jesus – essa é
uma informação importante. Olhar para Jesus é estabelecer um ponto de
referência. Se quisermos andar com firmeza, precisamos olhar para frente e não
para os próprios pés. Jesus é confiável, as Suas promessas não deixam de se
cumprir.
3.
Não permita que as circunstâncias falem mais alto. Pedro caminhou sobre as águas, mas
viu a força do vento e a força das águas. Ou seja, as circunstâncias voltaram.
Eu oro, vou à reunião de quarta-feira, ouço orações que vieram do coração de
Deus para o seu coração, e vou para casa achando que tudo irá passar. Mas
quando lá chego parece que tudo está pior. Aí digo que me iludi de novo, pois a
tempestade ficou pior. Isso vai passar! Mas enquanto não passa, ninguém
prometeu que a tempestade não ficaria pior. Pedro viu a força do vento, viu a
força da água e começou a afundar... Se você sabe andar sobre a água, o tamanho
das ondas não importa. As circunstâncias são maiores do que eu, mas Deus é
maior do que as circunstâncias.
4.
Não tenha vergonha de pedir ajuda. Pedro, quando afundou, pediu ajuda a Jesus. Não posso
ter vergonha de pedir ajuda a Deus, a uma mão estendida. Jesus tomou Pedro pela
mão... Não devemos pedir ajuda a quem não está bem, mas a Jesus e a quem está
mais firme na vida cristã. Às vezes afundamos porque nos agarramos a quem
também está afundando. Quero ser tomada pela mão do Senhor. A mão do Senhor não
está encolhida...
Mensagem Pastor Marcelo Gomes no culto das mulheres da Primeira IPI de Maringá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário