(Filipenses 4:8, Mateus 7:7 e Atos
26:22)
“Duas palavras já viraram “arroz de festa”:
excelência e motivação. O ambiente empresarial e profissional tornou-as
obrigatórias em todo debate sobre desempenho, produtividade, trabalho em equipe
ou crescimento pessoal. E como acontece com tudo que é explorado à exaustão, os
termos sofrem com a banalização do seu uso e a má compreensão de seu real
significado.
Excelência é palavra latina: excellentia (elevação,
grandeza, superioridade). Deriva do verbo excellere (erguer, elevar),
que é uma junção entre o prefixo ex (para fora) e o verbo cellere (erguer),
o qual é aparentado do substantivo collis (colina, lugar onde se sobe).
Portanto, excelente é o que se destaca como alto, elevado. É o que sobe,
cresce. Voa melhores vôos. E se não pode ser tomado por uma superioridade, sem
dúvida o será por uma superação.
Motivação é mais simples de conceituar. A própria
palavra sugere sua definição. Motivação é o motivo que gera a ação ou, se
preferir, a ação que acompanha o motivo. Uma pessoa motivada é uma pessoa que desempenha
seu papel por motivos próprios, sem que precise ser manivelada por aqueles que
estão à sua volta.
Excelência e motivação estão intimamente ligadas. A
excelência obriga a reflexão sobre os “por quês” de nossas ações ou mesmo da
busca da própria excelência. Não é excelente quem não tem absoluta clareza a
respeito de seus verdadeiros motivos. Aliás, quem não sabe por que faz o que
faz, corre o risco de fazer errado ou sem necessidade. E também é uma
bomba-relógio, prestes a explodir.
Alguns desafios que se impõem na questão da
excelência-motivação:
1. É preciso descobrir motivações para a
excelência. Ninguém pode fazer isso por ninguém, senão cada um
por si mesmo. Contudo, não se pode esquecer que há motivos bons, como as
convicções, os princípios, os valores, a família, e maus motivos, como a
ganância, a inveja, os ressentimentos, os interesses mesquinhos, etc. Vale
lembrar que Deus se importa com nossas motivações, a ponto de nos lembrar na
sua Palavra que, se alguém der seus bens aos pobres ou entregar seu corpo para
ser queimado e não tiver amor, não terá feito nada que tenha valor (cfe. 1
Coríntios 13:1-3).
2. É preciso criar mecanismos permanentes de
motivação. A automotivação não pode depender apenas das
decisões pontuais e circunstanciais da pessoa, mas precisa ser ajudada por
recursos e ambientes pré-definidos de incentivo. É assim que se descobre que,
embora ninguém possa motivar uma pessoa se ela mesmo não se motivar, é possível
contribuir de forma positiva com quem decidiu se motivar e está criando espaços
de suporte motivacional. O outro sempre tem alguma importância em todo processo.
3. É preciso repensar, vez em quando, as próprias
motivações. Existem dois riscos. O primeiro é a contaminação
das motivações: começar bem e terminar mal, começar certo e terminar errado. O
segundo é o risco do ”piloto automático”, quando a motivação deixa de ser
consciente e dá lugar aos sentimentos que as circunstâncias provocam. Quem se
deixa guiar pelos sentimentos cedo ou tarde não consegue mais encontrar motivação.
4. É preciso que cada um se torne experiência
motivacional para o outro. Vivemos num mundo desmotivante, desanimador. A
excelência motivada será sempre uma inspiração para os que estão à volta e,
contagiando um ou outro, certamente colaborará com a construção de um mundo
melhor. Como nos inspirou Jesus (e ninguém foi mais motivado): “no mundo vocês
terão aflições, mas tenham bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33).
E gente excelente, motivada em Deus, sempre vence.
Inclusive, o mundo...
Mensagem pregada pelo Pastor Marcelo Gomes no culto das mulheres da Primeira IPI de Maringá em 13/03/2013.
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