sexta-feira, 12 de abril de 2013

MOTIVAÇAO - EXCELÊNCIA


(Filipenses 4:8, Mateus 7:7 e Atos 26:22) 

“Duas palavras já viraram “arroz de festa”: excelência e motivação. O ambiente empresarial e profissional tornou-as obrigatórias em todo debate sobre desempenho, produtividade, trabalho em equipe ou crescimento pessoal. E como acontece com tudo que é explorado à exaustão, os termos sofrem com a banalização do seu uso e a má compreensão de seu real significado.

Excelência é palavra latina: excellentia (elevação, grandeza, superioridade). Deriva do verbo excellere (erguer, elevar), que é uma junção entre o prefixo ex (para fora) e o verbo cellere (erguer), o qual é aparentado do substantivo collis (colina, lugar onde se sobe). Portanto, excelente é o que se destaca como alto, elevado. É o que sobe, cresce. Voa melhores vôos. E se não pode ser tomado por uma superioridade, sem dúvida o será por uma superação.

Motivação é mais simples de conceituar. A própria palavra sugere sua definição. Motivação é o motivo que gera a ação ou, se preferir, a ação que acompanha o motivo. Uma pessoa motivada é uma pessoa que desempenha seu papel por motivos próprios, sem que precise ser manivelada por aqueles que estão à sua volta.

Excelência e motivação estão intimamente ligadas. A excelência obriga a reflexão sobre os “por quês” de nossas ações ou mesmo da busca da própria excelência. Não é excelente quem não tem absoluta clareza a respeito de seus verdadeiros motivos. Aliás, quem não sabe por que faz o que faz, corre o risco de fazer errado ou sem necessidade. E também é uma bomba-relógio, prestes a explodir.

Alguns desafios que se impõem na questão da excelência-motivação:

1. É preciso descobrir motivações para a excelência. Ninguém pode fazer isso por ninguém, senão cada um por si mesmo. Contudo, não se pode esquecer que há motivos bons, como as convicções, os princípios, os valores, a família, e maus motivos, como a ganância, a inveja, os ressentimentos, os interesses mesquinhos, etc. Vale lembrar que Deus se importa com nossas motivações, a ponto de nos lembrar na sua Palavra que, se alguém der seus bens aos pobres ou entregar seu corpo para ser queimado e não tiver amor, não terá feito nada que tenha valor (cfe. 1 Coríntios 13:1-3).

2. É preciso criar mecanismos permanentes de motivação. A automotivação não pode depender apenas das decisões pontuais e circunstanciais da pessoa, mas precisa ser ajudada por recursos e ambientes pré-definidos de incentivo. É assim que se descobre que, embora ninguém possa motivar uma pessoa se ela mesmo não se motivar, é possível contribuir de forma positiva com quem decidiu se motivar e está criando espaços de suporte motivacional. O outro sempre tem alguma importância em todo processo.

3. É preciso repensar, vez em quando, as próprias motivações. Existem dois riscos. O primeiro é a contaminação das motivações: começar bem e terminar mal, começar certo e terminar errado. O segundo é o risco do ”piloto automático”, quando a motivação deixa de ser consciente e dá lugar aos sentimentos que as circunstâncias provocam. Quem se deixa guiar pelos sentimentos cedo ou tarde não consegue mais encontrar motivação.

4. É preciso que cada um se torne experiência motivacional para o outro. Vivemos num mundo desmotivante, desanimador. A excelência motivada será sempre uma inspiração para os que estão à volta e, contagiando um ou outro, certamente colaborará com a construção de um mundo melhor. Como nos inspirou Jesus (e ninguém foi mais motivado): “no mundo vocês terão aflições, mas tenham bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33).

E gente excelente, motivada em Deus, sempre vence. Inclusive, o mundo...
Mensagem pregada pelo Pastor Marcelo Gomes no culto das mulheres da Primeira IPI de Maringá em 13/03/2013.

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